Andrew Tate é um kickboxer de Londres e autointitula-se como “um coach de sucesso”. Ficou conhecido em 2016 por participar no BigBrother UK, de onde acabou por ser expulso depois de terem sido divulgados vídeos seus alegadamente a cometer uma violação.
Agora, dá que falar nas redes sociais por causa das suas opiniões misóginas que já o levaram a ser banido do Facebook, Instagram, TikTok, e mais recentemente do Youtube. Apesar disso, continuam a circular nas redes sociais vídeos da sua participação em programas e podcasts onde Tate expressa as suas ideias.
I’m so glad Andrew Tate was banned so we could stop hearing such misogynistic takes like this pic.twitter.com/hKH7nGd3n4
— KEN I AM (@theiamkeniam) August 19, 2022
Diz que prefere namorar com mulheres com 18 e 19 anos porque consegue “deixar-lhes uma marca” mais facilmente. Fala também sobre espancar mulheres, destruir os seus objetos pessoais e impedi-las de sair de casa. São palavras como estas que levaram a que o seu nome fosse pesquisado mais de 11,6 milhões de vezes no último mês, conta o jornal britânico The Guardian.
A notícia de que o lutador teve o seu canal de YouTube eliminado foi conhecida esta segunda-feira. A própria plataforma fez questão de fazer um comunicado e deixar avisos aos canais que façam reupload dos vídeos de Tate — os conteúdos serão automaticamente eliminados.
Encerrámos os canais associados a Andrew Tate por múltiplas violações à nossa política de comunidade e termos de serviço, incluindo a nossa política sobre o discurso de ódio. Quando um canal é encerrado, o uploader está impedido de usar ou criar qualquer outro canal no YouTube”, avisou o porta-voz da plataforma YouTube, Ivy Choi
Tem como principais seguidores homens jovens. Suspeita-se que esteja ligado a movimentos de extrema-direita por ter contactos diretos e já ter aparecido na InfoWars — o site do radialista e teórico da conspiração norte-americano Alex Jones. Tem fotografias públicas com Donald Trump e Donald Trump Jr.
Joe Mulhall, diretor de pesquisa da Hope Not Hate — associação contra o racismo e o fascismo — , já reagiu à medida aplicada pela plataforma digital: “Estamos muito felizes porque, depois de tantas discussões com o YouTube e de muitas campanhas públicas, o seu canal [de Andrew Tate] foi finalmente apagado”, disse à britânica Sky News. No entanto, recorda que “remover das plataformas as contas de Tate não vai automaticamente eliminar o seu conteúdo”.