Jogou ao longo de mais de uma década no FC Porto, destacou-se numa das sete internacionalizações pela equipa de Portugal por ter sido o primeiro jogador da Seleção a marcar no mítico Estádio de Wembley. Carlos Duarte foi um dos avançados mais relevantes da história dos azuis e brancos na década de 50, tendo sido campeão pelos dragões entre mais alguns troféus. Morreu esta terça-feira, aos 89 anos.

“Morreu um dos últimos resistentes das equipas duplamente campeãs nacionais e vencedoras da Taça de Portugal nos anos 50. Carlos Duarte, avançado nascido na cidade angolana de Nova Lisboa, hoje Huambo, pereceu esta terça-feira aos 89 anos e deixou para trás um belíssimo legado ao serviço do FC Porto”, anunciou o clube azul e branco no seu site oficial esta madrugada.

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“Ao longo de 12 épocas de azul e branco no equador do século XX, o extremo fez as delícias dos adeptos portistas enquanto trocava as voltas ao adversário com uma capacidade de drible única e uma velocidade ímpar para a época. Nos 228 jogos em que vestiu de azul e branco, o avançado assinou 98 golos, consagrando-se como um dos melhores marcadores da história do clube e um dos grandes artilheiros do seu tempo”, acrescentou o mesmo texto sobre o antigo internacional português.

Depois de ter feito parte como uma das principais referências da equipa liderada por Dorival Yustrich que quebrou o jejum de Campeonatos e ganhou ainda a Taça de Portugal nos anos 50 (naquela que ficaria como a primeira dobradinha dos dragões no futebol), Carlos Duarte foi um dos principais destaques da Seleção a par de Hernâni em maio de 1958, quando Portugal jogou pela primeira vez em Wembley com a Inglaterra e o avançado marcou o golo do conjunto nacional (1-2). Foi nesse ano, onde já tinha ganho uma Taça de Portugal que teve uma proposta para se mudar para o AC Milan, tendo recusado antes de sofrer uma grave lesão no joelho. Recuperou e na temporada seguinte foi de novo campeão.

“Mudou-se para Matosinhos na reta final da carreira e terminou o glorioso percurso futebolístico a marcar ao Sporting com as cores leixonenses. Em 2003, das mãos de Álvaro Pinto, viria a receber o Dragão de Ouro para Recordação do Ano”, acrescentou ainda o texto publicado esta madrugada pelo clube.