Um helicóptero de combate aos incêndios caiu esta quinta-feira em Amares, distrito de Braga, confirmou o Comando Distrital de Operações de Socorro. O piloto, único ocupante do aparelho, encontra-se “estável e internado nos cuidados intermédios”, disseram fontes de socorro na manhã desta sexta-feira à agência Lusa. O homem tinha dado entrada no Hospital de Braga, por volta das 22h00, “em estado grave, não correndo risco de vida”, segundo a Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEP), havia explicado que, na quinta-feira, o piloto estava “fora de perigo de vida”, sublinhando, no entanto, tratar-se “de um ferido grave, com várias lesões e fraturas, nomeadamente ao nível dos membros inferiores e da zona pélvica”. Encontrava-se “consciente e colaborante”.

O helicóptero estava a participar no combate a um incêndio em São Pedro de Fins e terá colidido com um cabo de alta tensão. O alerta para o acidente aéreo foi dado às 19h25. Havia 30 operacionais e dez meios terrestres no local. Fonte ligada ao setor da aviação disse à Lusa que o helicóptero acidentado é um Bell 412, sediado em Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, e que o acidente aconteceu “após a última largada do dia”, quando o aparelho embateu num “cabo de muito alta tensão”.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou que “um helicóptero médio de combate a incêndios rurais, de indicativo operacional Hotel 60, sediado no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e pertencente ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, sofreu um acidente na tarde desta quinta-feira durante as operações de combate ao incêndio rural que lavra em Amares, no distrito de Braga”.

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Segundo o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, que se encontrava próximo da zona do acidente, o aparelho caiu na União de Freguesias de Paranhos e Caldelas, na localidade de Real, quando combatia um incêndio no concelho. Fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) disse à Lusa que já foi notificado do acidente e que “amanhã de manhã [sexta-feira] estará uma equipa no local para dar início às investigações”.

Na manhã desta sexta-feira chegou ao local uma equipa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), assim como elementos da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Fontes aeronáuticas disseram também, na manhã desta sexta-feira à agência Lusa, que o helicóptero é irrecuperável e já foi substituído por um outro meio aéreo.

Quanto à operação para a retirada do helicóptero acidentado, esta “será muito complicada”, pois o aparelho encontra-se numa zona de densa vegetação, com muitas árvores e sem acessos.

A abertura de um caminho ou o desmantelamento do helicóptero são duas das hipóteses colocadas, indicaram as mesmas fontes à Lusa.

Notícia atualizada às 11h15 no dia 02 de setembro de 2022