O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, surfou esta quarta-feira na Figueira da Foz, no arranque do festival Gliding Barnacles, que decorre até domingo na Praia do Cabedelo, com mais de 250 participantes de 30 nacionalidades.
Praticante de surf, o governante acedeu ao convite da Associação +Surf, organizadora do evento, para experimentar, pela primeira vez, a onda do Cabedelo, antes de participar numa mesa-redonda para debater a importância dos eventos culturais na promoção do turismo.
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, surfou hoje na Figueira da Foz, no arranque do festival Gliding Barnacles, que decorre até domingo na Praia do Cabedelo, com mais de 250 participantes de 30 nacionalidades. #GlidingBarnacles #FigueiradaFoz #surfhttps://t.co/Q3yi35DOw2 pic.twitter.com/NJRqLYKeNr
— DIÁRIO AS BEIRAS (@asbeiras) September 7, 2022
“A cultura do surf em muitas partes do mundo é uma alavanca do desenvolvimento equilibrado de muitas comunidades. Aquilo que se tem passado aqui [na Praia do Cabedelo] é também exemplo disso mesmo”, disse aos jornalistas Adão e Silva.
O ministro salientou que o surf, “uma modalidade aparentemente desportiva, pode ter um papel concreto numa cidade, porque apresenta várias características que são importantes, desde logo a preocupação pela sustentabilidade”.
“Este movimento que organiza o [festival] Gliding Barnacles começou por ser um movimento cívico para defender uma onda e alargou o seu espetro de atuação e hoje é também um festival cultural”, sublinhou.
Segundo o ministro da Cultura, “as cidades que têm a sorte de ter uma onda de qualidade, podem ter no surf um fator de desenvolvimento equilibrado, que traz cultura e alarga o período em que as pessoas visitam as cidades”.
“Por definição, o surf é um desporto que se pratica nas margens, entre a terra e o mar, na rebentação, e quem faz surf tende a ser uma pessoa das fronteiras que tem tendência a ser particularmente criativa”, disse Adão Silva, considerando que o surf é cada vez mais “um ato cultural nas cidades contemporâneas“.
Ao longo dos últimos nove anos, o festival “transformou uma cidade costeira periférica no contexto do surf nacional num ponto central internacional da cultura de surf clássico”, frisou à agência Lusa o fundador Eurico Gonçalves, que preside à Associação +Surf.
Durante cinco dias, o surf não é encarado como um desporto, “mas sim como uma expressão criativa e artística“, em que a competição é substituída por “sessões de expressão” não competitivas, partilhando os dias com atividades musicais, artísticas e também gastronómicas.
“O nosso desejo de aproximar o mar à cidade conseguiu transformar a Figueira da Foz num espaço que une, anualmente, os quatro cantos do mundo através da cultura do oceano, da arte, da música e da gastronomia”, frisou Eurico Gonçalves.