A Efacec estava em falência técnica no fim de junho, com um prejuízo líquido consolidado de 55 milhões de euros, revelam as contas do primeiro semestre de 2022 a que o Eco teve acesso. É um salto em relação aos 15 milhões de euros de prejuízo que se tinham registado no mesmo período do ano passado.

Privatização da Efacec “ainda está em curso”

De acordo com o Eco, as vendas da Efacec entre janeiro e junho deste ano ficaram-se pelos 80 milhões de euros — menos 53 milhões do que nos primeiros seis meses de 2021. A dívida da empresa ascende agora aos 220 milhões de euros, aos quais se somam 83 milhões de euros de passivo relativo a fornecedores.

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A Efacec está num processo de reprivatização desde 2020, quando 71,73% da empresa foi nacionalizada. A 25 de março foi comprada pela construtora DST com recurso a um empréstimo de 100 milhões de euros a 20 anos e uma injeção de 60 milhões de euros, ambos concedidos pelo Banco do Fomento.

Contrato de venda da Efacec à DST assinado

O negócio ainda não foi concretizado porque necessita de aprovação da Comissão Europeia. Segundo a gestão executiva da Efacec, e de acordo com o que surge no relatório citado pelo Eco, esse é um dos obstáculos que incapacitaram a empresa “de cumprir os rácios de Dívida Financeira Líquida/EBITDA que constam dos contratos de financiamento”.

A impossibilidade de obtenção de apoios à atividade das empresas do grupo, nomeadamente no que se refere a instrumentos de TradeFinance, tem impedido a obtenção de encomendas e a execução de entrega de projetos”, analisou o grupo liderado por Ângelo Ramalho.