O presidente do Banco Mundial (BM), David Malpass, disse ver como provável um cenário de recessão na Europa, considerando ser possível que demore anos ao mundo conseguir alternativas energéticas à Rússia.

Malpass definiu na quarta-feira a situação macroeconómica global como uma “tempestade perfeita”, capaz de levar a uma situação de ‘estagflação’, ou seja, alta inflação e baixo ou nenhum crescimento económico.

O presidente do BM fez essas previsões num discurso na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, intitulado “A crise enfrenta o desenvolvimento” e apresentado pela instituição financeira internacional como prelúdio da reunião de outono que começará em duas semanas.

A partir de 10 de outubro, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão realizar a tradicional reunião anual em Washington, na qual serão atualizadas as previsões de crescimento global e detalhadas por país.

De acordo com o modelo de nomeação predeterminado, os EUA escolhem o presidente do BM, enquanto a Europa decide quem lidera o FMI.

Uma escassez de energia mais grave, especialmente de gás natural, poderá aumentar a inflação da zona euro em 1,5 pontos percetuais e reduzir o crescimento na Europa em mais de 1,2 pontos percentuais, levando a uma recessão, alertou na segunda-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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