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Quem não tem Pepe caça com Pepê (a crónica do Portimonense-FC Porto)

Este artigo tem mais de 2 anos

No primeiro jogo de vários em que não vai ter Pepe, o FC Porto venceu o Portimonense no Algarve (0-2) com uma grande exibição de Pepê, que defende, ataca, marca e ainda é lateral direito.

Os dragões chegaram à terceira vitória consecutiva entre Liga dos Campeões e Campeonato
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Os dragões chegaram à terceira vitória consecutiva entre Liga dos Campeões e Campeonato

LUSA

Os dragões chegaram à terceira vitória consecutiva entre Liga dos Campeões e Campeonato

LUSA

Em dez dias, em quatro jogos, nas duas primeiras semanas de setembro, o FC Porto só ganhou uma vez. Os dragões perderam com o Atl. Madrid e o Club Brugge na Liga dos Campeões, empataram com o Estoril e só derrotaram o Desp. Chaves, entrando numa crise de resultados aparentemente preocupante. A pausa para as seleções, porém, foi a resposta certa — e o FC Porto não só goleou o Sp. Braga como venceu o Bayer Leverkusen na liga milionária.

Este sábado, contudo, era tempo de prolongar essa resposta com a terceira vitória consecutiva, com a manutenção do segundo lugar e com um resultado convincente contra o Portimonense no Algarve. Sérgio Conceição ficou sem Pepe nos últimos dias, já que o central português sofreu uma entorse no joelho num treino e vai ficar afastado dos relvados durante várias semanas, e a visita aos algarvios era a antecipação perfeita para um Clássico contra o Benfica já no próximo fim de semana que pode agitar as contas do Campeonato.

Ficha de jogo

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Portimonense-FC Porto, 0-2

9.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Portimão, em Portimão

Árbitro: Manuel Mota (AF Braga)

Portimonense: Kosuke, Moufi, Pedrão, Relvas, Seck, Paulo Estrela, Ewerton (Klismahn, 64′), Ouattara (Ricardo Matos, 71′), Luquinha, Rui Gomes (Gonçalo Costa, 64′), Yago

Suplentes não utilizados: Berke Ozer, Henrique Jocu, Diaby, Sapara, Vinicius Szeuczuk, Bruninho

Treinador: Paulo Sérgio

FC Porto: Diogo Costa, Rodrigo Conceição (Bruno Costa, 80′), Fábio Cardoso, David Carmo, Wendell (Zaidu, 80′), Otávio (Grujic, 89′), Uribe, Stephen Eustáquio, Pepê, Evanilson (Galeno, 62′), Taremi (Toni Martínez, 89′)

Suplentes não utilizados: Claúdio Ramos, João Marcelo, Danny Loader, Gabriel Veron

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Otávio (22′), Pepê (52′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Rui Gomes (4′), a Taremi (14′), a Pedrão (73′), a Yago (73′), a Gonçalo Costa (90+3′), a Fábio Cardoso (90+4′)

“Andamos sempre à procura de solidez, de estarmos permanentemente ligados e de não termos esses altos e baixos, com aquilo que é o nosso trabalho diário. Procuramos ser uma equipa forte independentemente dos jogos que vamos ter. Estamos muito mais perto da vitória se tivermos espírito competitivo e se estivermos no máximo. Temos de procurar ser melhores hoje do que fomos ontem e assim sucessivamente. Queremos que seja difícil competir connosco. O trabalho do treinador passa por ajudar os jogadores a serem emocionalmente fortes, temos de motivar um grupo de trabalho e isso é o trabalho mais difícil de um treinador. Há inúmeros exemplos de equipas com muito trabalho e poucos resultados. Independentemente de estarmos a fazer um bom jogo, temos de ser uma equipa forte ao nível emocional. De momento, estamos melhores nisso”, explicou o técnico dos dragões na antevisão da partida, aproveitando então para anunciar a baixa de Pepe e a recuperação total de Otávio.

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Assim, este sábado e à mesma hora que o Benfica recebia o Rio Ave na Luz, Sérgio Conceição fazia algumas alterações em relação ao onze inicial que venceu o Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões. Rodrigo Conceição voltava à direita da defesa, sendo que João Mário nem sequer aparecia na ficha de jogo, e Fábio Cardoso substituía Pepe no eixo defensivo, sendo que Otávio regressava à titularidade em detrimento de Bruno Costa. Do outro lado, numa equipa que está a realizar um bom arranque de Campeonato e que levava cinco vitórias em oito jornadas, Paulo Sérgio não podia contar essencialmente com Welinton Júnior, devido a uma lesão.

O jogo começou a um ritmo lento e muito morno, sem aproximações às balizas e com muitos duelos na zona do meio-campo — numa intensidade que levou Manuel Mota, o árbitro da partida, a mostrar cartão amarelo a Rui Gomes aos quatro minutos para controlar os ânimos. O FC Porto tinha mais bola, de forma natural, e o Portimonense mostrou desde logo que iria procurar lançar transições rápidas e contra-ataques simples para chegar perto de Diogo Costa.

Uribe teve o primeiro lance mais perigoso, com um remate de fora de área que Nakamura afastou com uma defesa apertada (17′), e o momento desbloqueou uma fase de maior pressão e insistência por parte dos dragões que acabou por culminar em golo. Rodrigo Conceição insistiu na direita e cruzou para a grande área e Seck aliviou de forma deficiente; Otávio amorteceu com o peito para Evanilson, o brasileiro respondeu na mesma medida e o internacional português atirou forte para inaugurar o marcador (22′). O médio, que este sábado foi capitão devido à ausência de Pepe, não marcava pelo FC Porto desde janeiro, há oito meses.

O Portimonense poderia ter empatado logo depois, num lance em que Rui Gomes rematou muito ao lado após um cruzamento na direita (24′), e o jogo entrou novamente numa fase mais incaracterística e com várias paragens. Os dragões controlaram a partida e o resultado até ao intervalo, recusando recuar demasiado as linhas e mantendo a ficha claramente ligada à tomada, e tanto Evanilson como Taremi poderiam ter aumentado a vantagem, sendo que o brasileiro rematou ao lado (34′) e o iraniano viu Nakamura roubar-lhe o golo (39′).

No fim da primeira parte, o FC Porto estava a vencer o Portimonense no Algarve de forma justa, justificando por completo a vantagem com a superioridade demonstrada até ao intervalo — e com especial atenção à exibição de Rodrigo Conceição, que fez dos melhores 45 minutos desde que se estreou pela equipa principal. Ainda assim, nada disso invalidava a evidência de que a equipa de Paulo Sérgio tinha qualidade e capacidade para criar problemas aos dragões, principalmente no contra-ataque e na profundidade, e de que qualquer dormência do conjunto de Sérgio Conceição seria suficiente para agitar o resultado.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Portimonense-FC Porto:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o jogo voltou a arrancar a meio gás, sem grande velocidade nem especial intensidade. Eustáquio teve o primeiro lance mais perigoso, com um pontapé de muito longe que Nakamura encaixou (51′), e o FC Porto conseguiu aumentar a vantagem ainda dentro dos 10 minutos iniciais da segunda parte. O Portimonense errou por completo uma saída curta, permitiu a recuperação dos dragões mesmo à entrada da grande área e Taremi teve tempo para dominar, atrair o guarda-redes e esperar por Pepê para assistir o brasileiro, que finalizou de forma brilhante (52′).

O jogo entrou numa espécie de velocidade cruzeiro a partir do segundo golo, com o FC Porto a controlar por completo todas as ocorrências e o Portimonense a revelar-se frágil defensivamente e verdadeiramente inofensivo no ataque. Paulo Sérgio mexeu pela primeira vez já depois da hora de jogo, lançando Gonçalo Costa e Klismahn, e Otávio forçou Nakamura a uma defesa atenta com um cabeceamento após um canto (65′) numa fase em que Galeno já tinha entrado para substituir Evanilson.

O FC Porto foi quebrando fisicamente com o passar dos minutos, permitindo mais espaço ao Portimonense, e Yago ficou muito perto de reduzir a desvantagem dos algarvios ao acertar na trave quando só tinha a baliza deserta pela frente (76′). Sérgio Conceição ainda lançou Bruno Costa, Zaidu, Grujic e Toni Martínez, motivando a habitual ida de Pepê para a direita da defesa, mas já pouco aconteceu até ao final à exceção de uma grande penalidade sobre o espanhol que começou por ser assinalada mas foi revertida graças ao VAR.

O FC Porto venceu o Portimonense no Algarve e somou a terceira vitória consecutiva e o quarto jogo seguido sem perder, deixando definitivamente para trás a ideia de uma eventual crise na antecâmara da receção ao Benfica no Dragão. No primeiro jogo de vários em que não vai contar com Pepe, Sérgio Conceição voltou a ter em Pepê um dos principais ativos: o brasileiro é muito competente a defender e a atacar, demonstrou uma qualidade acima da média na finalização e ainda termina todos os jogos com uma prova de versatilidade enquanto lateral direito. E, por agora, quem não tem Pepe caça com Pepê.

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