A TAP registou no terceiro trimestre deste ano lucros de 111 milhões de euros, o que ainda assim não é suficiente para limpar os prejuízos acumulados ao longo dos dois primeiros trimestres.

No conjunto do ano as perdas atingem os 91 milhões de euros, o que compara com os prejuízos de 628 milhões de euros nos nove meses findos em setembro do ano passado. A TAP justifica os resultados com “o bom desempenho operacional e o menor impacto das variações cambiais”.

As receitas atingiram no trimestre 1.118,9 milhões para elevar aos 2.440,1 milhões as receitas conseguidas este ano até final de setembro.

Também a margem operacional (EBITDA) no trimestre está a melhorar, atingindo 268,5  milhões no trimestre e 502 milhões no ano. Os resultados operacionais viraram também positivos: no trimestre foram de 141,1 milhões e nos nove meses 145,5 milhões.

Os custos no trimestre atingiram 977,8 milhões de euros, para em nove meses ir nos 2.294,6 milhões. Cresceram menos que as receitas. Isto apesar dos custos com combustível terem “mais do que triplicado, aumentando 269,9 milhões numa base anual para 371,9 milhões”. Ainda assim houve um efeito positivo com os contratos de hedging (cobertura), mas apesar desse efeito positivo de 15,9 milhões, “a estratégia de cobertura apenas conseguiu reduzir de forma marginal o efeito dos preços de mercado do jet fuel mais elevados, que contribuíram com 153,0 milhões para o aumento do custo com combustível”.

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Fonte: Comunicado da TAP

De acordo com a informação divulgada Christine Ourmières-Widener, diz que a companhia “está a confirmar a solidez do seu desempenho no terceiro trimestre, com todas as métricas financeiras acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos de combustível”.

A procura para o 4.º trimestre “mantém-se bastante forte, suportando as expectativas de um bom resultado acumulado até final do ano”, refere a gestora, acrescentando: “A visibilidade para o próximo ano é, no entanto, ainda limitada e, atendendo às incertezas da atual conjuntura, é cada vez mais crucial que mantenhamos o foco no nosso plano estratégico, o qual tem, até agora, provado ser eficaz.”

“Os próximos passos decisivos a tomar são: levar a cabo discussões produtivas com os nossos parceiros laborais para a criação de Acordos Coletivos de Trabalho mais modernos, melhorar as nossas operações e a qualidade do nosso serviço com o envolvimento de todos os ‘stakeholders’, a constante negociação de todos os nossos contratos com terceiros e a cuidada preparação do próximo ano”, refere Christine Ourmières-Widener.

Os dados divulgados indicam que o número de passageiros transportados no 3.º trimestre duplicou, em comparação com o mesmo período de 2021, atingindo 85% dos níveis de igual período de 2019.