Minestrone. A famosa sopa de legumes italiana foi a escolha dos ambientalistas que, nesta sexta-feira, atiraram o caldo para cima de uma obra de Vincent Van Gogh. Desta vez, o alvo foi o “Semeador”, uma obra do pintor neerlandês de 1888, que estava emprestada ao Palazzo Bonaparte, em Roma. Em outubro, em Londres, foi um quadro da série “Girassóis” a ser atingido com sopa de tomate na National Gallery.

“Hoje, sopa de legumes no ‘Semeador’ de Van Gogh. Agimos por amor à vida, portanto, por amor à arte! Num futuro em que lutaremos para encontrar comida para todos, como podemos pensar que a arte ainda será protegida?”, escreveram os autores do protesto na sua conta oficial de Twitter. Os ativistas do Ultima Generazione (última geração), três jovens ambientalistas, fizeram o que tem sido habitual nos protestos que se têm multiplicado nas últimas semanas: colaram as mãos à parede do museu.

A segurança do museu, segundo escreve o Corriere della Sera, foi rápida a agir: fechou os salões e evacuou a sala que estava cheia de visitantes. A obra, cedida pelo Museu Kroller-Muller, estava protegida por um vidro, portanto, não sofreu quaisquer danos.

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Já depois de se colarem à parede, os ambientalistas alertaram para as alterações climáticas e para o uso do carvão como fonte de energia.

“O meu nome é Laura”, disse uma das jovens ativistas. “Juntei-me às diferentes ações que se realizam em diferentes países, porque estou plenamente consciente de que ninguém, e de forma alguma, está a assumir a responsabilidade pela catástrofe ambiental que estamos a viver.”

A reação do Governo italiano chegou pela voz de Gennaro Sangiuliano, ministro da Cultura: “Trata-se de uma ação infame que deve ser detida e condenada.”