A embaixadora norte-americana em Portugal, Randi Charno Levine, reconheceu este sábado que o porto de Sines é um lugar privilegiado para acolher Gás Natural Liquefeito (GNL) oriundo dos Estados Unidos.
Recordando que o porto de Sines é “o terminal europeu mais próximo dos Estados Unidos”, a embaixadora admite assim que este é um ponto privilegiado de entrada para a Europa da energia norte-americana que atravessa o Atlântico.
Em declarações à Lusa, Randi Charno Levine lembrou que os transportes de GNL dos EUA para Portugal aumentaram 13% este ano, revelando o potencial de crescimento de parcerias energéticas entre os dois países.
“No futuro, esperamos que os combustíveis ‘verdes’ como o hidrogénio desempenhem um papel cada vez maior no abastecimento energético mundial, e isso vale também para Portugal, especialmente quando o Corredor de Energia Verde se tornar uma realidade”, explicou a embaixadora norte-americana em Lisboa.
Em declarações à Lusa – nas vésperas das eleições intercalares nos Estados Unidos, marcadas para dia 08 de novembro — a embaixadora mostrou-se confiante nos benefícios para a Europa de uma estratégia energética que valorize o papel de Portugal como plataforma de distribuição, numa visão apoiada pelo seu Governo.
A embaixadora norte-americana em Lisboa recordou que Portugal apoia as iniciativas de reforço das cadeias de abastecimento de matérias-primas essenciais para as tecnologias de energia limpa, incluindo turbinas eólicas ou veículos elétricos, em consonância com a visão do Governo do Presidente Joe Biden.
De resto, nos comícios eleitorais em que tem participado, apoiando candidatos democratas ao Congresso, Biden tem colocado a agenda energética como uma das bandeiras do seu partido, demarcando-se do Partido Republicano, a quem aponta críticas pela falta de uma estratégia ambiciosa no campo ambiental.
Por isso, Randi Charno Levine diz que o seu Governo “apoia fortemente os esforços de Portugal para usar os seus recursos minerais críticos, como o lítio, para construir uma cadeia de abastecimento de alto valor”, no sentido de melhorar a transição para as energias renováveis.
“Seja qual for o futuro, estamos certos de que os Estados Unidos continuarão a ser um parceiro firme e fiável de Portugal na segurança energética”, concluiu a embaixadora.