“Dentro de três a quatro anos“, ou seja, no máximo até 2026 a Caixa Geral de Depósitos deixará, por exemplo, o edifício-sede na Avenida João XXI, em Lisboa. A confirmação foi feita esta quinta-feira por Paulo Macedo, presidente da comissão executiva do banco público, que não revela se já existem algumas hipóteses em estudo para passar a albergar a sede da CGD. Quanto ao edifício na João XXI, ficará para o “Governo e para algumas agências governamentais”.
Paulo Macedo falou sobre este tema, na MoneyConference (organizada pelo Dinheiro Vivo), poucos dias depois de a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ter confirmado que a passagem de alguns ministérios para o edifício-sede da Caixa vai começar no primeiro trimestre. “Ao longo do primeiro trimestre do próximo ano iniciaremos um processo que será gradual ao longo da legislatura e que permita ir concentrando não apenas áreas governativas, mas também reorganizando um conjunto de serviços”, disse Mariana Vieira da Silva, em resposta aos deputados numa audição no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
Esta quinta-feira, Paulo Macedo confirmou que este processo levará à saída, por completo, da Caixa daquelas instalações que são “desajustadas” para os serviços centrais de um banco.
O edifício foi construído nos anos 90, de raiz, com o propósito de ser o edifício-sede da Caixa, mas Paulo Macedo diz que são 90 mil metros quadrados que tornam o espaço “desajustado”. Assim, um processo que começou por ser falado como um arrendamento parcial ao Governo, por parte da Caixa, de espaço de que não necessita, passou a ter como objetivo último a saída, por completo, do banco público daquelas instalações.