O Porto venceu o Sporting por 91-89 em jogo da nona jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol. Os leões perderam a invencibilidade no campeonato e quem mais beneficia do resultado é o Benfica que, se confirmar o favoritismo e vencer o Póvoa, vai ficar na liderança isolada da fase regular.
Num campeonato em que existe um lote restrito de equipas superiores às restantes, os jogos entre os conjuntos que alinham na frente da classificação, ganham particular relevância. O duelo entre Porto e Sporting foi exigente do ponto de vista físico. Observaram-se lances de muito contacto, com os jogadores a ficarem caídos no chão do Dragão Arena em várias ocasiões. É o retrato ideal da luta a que se assistiu.
Depois de ter rescindido com Ivica Radic e a lidar com a ausência de Travante Williams, o Sporting apresentou-se com uma rotação curta. O treinador dos leões, Pedro Nuno, contou apenas com cinco jogadores no banco, entre os quais, dois jovens – João Troni e Gil Jardim – a darem os primeiros passos no basquetebol de alto nível.
O Porto partia na máxima força, mas não evitou que fosse o Sporting a entrar melhor. O primeiro período foi produtivo para os dois conjuntos, com percentagens de lançamento elevadas a refletirem-se no número de pontos concretizados. A equipa verde e branca fazia a diferença ao nível do tiro exterior conseguindo uns assinaláveis cinco triplos noutros tantos tentados. Por sua vez, os dragões perderam várias vezes a bola sem conseguirem lançamentos ao cesto, o que se refletiu no resultado desfavorável de 29-25 averbado no final do primeiro quarto.
Michael Finke, extremo-poste do Porto que terminou com 25 pontos (cinco triplos) e cinco ressaltos, começou a abrir o livro ao nível dos lançamentos longos e os azuis e brancos viraram o momento do jogo para si. Além disso, os comandados de Fernando Sá exploraram as trocas defensivas, em especial, quando o poste Marko Loncovic, ficava a defender os móveis bases portistas. Melhorava o Porto, que conseguiu reduzir o Sporting a 18 pontos no segundo quarto, mas eram os leões que seguiam na frente ao intervalo por 47-45.
A proximidade pontual manteve-se no terceiro parcial. A curta margem de quatro pontos que dava a liderança aos sportinguistas não era suficiente para que as coisas não pudessem mudar na fase derradeira do encontro, tal como se veio a verificar.
Um parcial de 13-0 foi benéfico para o Porto selar a vitória debaixo do olhar de Pinto da Costa, muito embora a equipa da Invicta tivesse facilitado nos momentos finais. Perante a defesa subida do Sporting e um Marcus Lovett Jr resiliente – o norte-americano foi o melhor marcador do jogo com 29 pontos –, quase que os leões levavam o triunfo para Lisboa.
A nove segundos do fim e a perder por apenas dois pontos, os verde e brancos tiveram posse de bola para vencer, mas falharam o triplo. O ressalto ofensivo foi capturado por DJ Fenner que não conseguiu forçar o prolongamento.