Quando a Audi revelou o RS Q e-tron E2, a versão revista e melhorada do buggy eléctrico que vai estar à partida da próxima edição do Dakar, que se disputará entre 31 de Dezembro e 15 de Janeiro, contámos-lhe tudo sobre a segunda geração deste modelo eléctrico de competição. Os dois motores eléctricos, um por eixo, totalizam 680 cv, mas há um terceiro motor a bordo, neste caso a combustão, cuja função é accionar um gerador e produzir energia para armazenar na bateria. Só que, na edição de 2023, o combustível que faz mover o gerador queima um combustível em que 80% é de origem sustentável, o que lhe permite reduzir em 60% as emissões de CO2.

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Na última edição do Dakar, já foi arrojada a decisão da Audi de participar numa competição tão dura quanto extensa com um veículo eléctrico, numa região em que os postos de carregamento não abundam, como é o caso do deserto da Arábia Saudita. Mas a aposta pode considerar-se ganha, uma vez que não só os três carros à partida chegaram ao fim sem grandes problemas, como o de Mattias Ekstrom alcançou a 9.ª posição, depois dos RS Q e-tron vencerem quatro das 14 etapas da prova.

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Buggy eléctrico da Audi regressa em força ao Dakar

Para a edição de 2023, o construtor alemão vai contar com RS Q e-tron E2 que possui uma nova carroçaria, mais aerodinâmica, com o centro de gravidade mais baixo e com maiores entradas de ar para arrefecer a bateria, sendo que esta continuará a ter 52 kWh de capacidade, para que os seus “apenas” 370 kg permitam ao buggy ficar abaixo das duas toneladas. A grande novidade não será bem o motor de combustão que faz mover o gerador, uma vez que esse deverá continuar a ser o quatro cilindros 2.0 TFSI que equipa muitos dos modelos do grupo. A diferença está no combustível, uma vez que a Audi troca a gasolina com que se estreou em 2022 por um combustível mais amigo do ambiente.

Segundo a Audi, a base é o etanol, um álcool produzido a partir de biomassa, com o construtor a garantir que são usados excedentes e restos resultantes da limpeza das florestas, nunca legumes e vegetais com características alimentares. O etanol é depois associado a e-metanol, também ele gerado de forma sustentável, o que origina a e-gasolina, em que 80% tem fontes sustentáveis, o que de acordo com os cálculos da Audi vai permitir reduzir as emissões de CO2 em 60%, face ao ano anterior.