A greve dos trabalhadores da CP e Infraestruturas de Portugal (IP), que esta quarta-feira se realiza, levou à supressão de 394 comboios até às 12h00, adiantou fonte oficial da operadora à Lusa.

“Até às 12h00, circularam 164 comboios, todos de serviços mínimos”, destacou a mesma fonte, indicando que o “total programado até esta hora era de 558 comboios”.

Assim, disse a CP, circularam oito comboios de longo curso, 42 regionais, 77 urbanos de Lisboa e 37 urbanos do Porto.

A IP, por sua vez, só deverá revelar números durante a tarde.

Até às 8h00 a CP tinha suprimido 143 das 252 ligações ferroviárias que tinha programadas .

De acordo com o balanço feito pela CP – Comboios de Portugal à Lusa, cerca das 8h20, estavam programados 252 comboios e foram efetuados 109, dos quais quatro de longo curso, 35 regionais, 39 urbanos de Lisboa e 31 urbanos do Porto.

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A mesma fonte disse que estão a ser cumpridos os serviços mínimos.

Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal cumprem esta quarta-feira uma greve de 24 horas, em conjunto com os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), com a CP e a Fertagus a preverem perturbações na circulação.

A adesão à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IPM) entre as 00h00 e as 8h00 é superior a 80%, disse à Lusa José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Em declarações à Lusa cerca das 8h40, José Manuel Oliveira adiantou que a adesão dos trabalhadores da IP é superior a 80%, remetendo para mais tarde outros dados sobre a paralisação.

“Temos conhecimento que estão a ser cumpridos os serviços mínimos, exceto em situações pontuais na Linha de Sintra, mas ainda não sabemos qual a razão”, indicou.

À Lusa, cerca das 7h45, José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) tinha dito que a greve estava a ter uma “adesão significativa”.

A greve está a ter uma grande adesão. Estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos, mas temos informação que pontualmente não foram cumpridos”.

A CP informou que, devido a greve convocada por organizações representativas dos trabalhadores, preveem-se esta quarta-feira perturbações na circulação de comboios a nível nacional.

Num comunicado divulgado na terça-feira, a CP adiantou que foram “definidos os serviços mínimos que se podem consultar” no site da empresa e que “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

O reembolso ou revalidação podem ser feitos em myCP na área ‘Os seus bilhetes’ (para bilhetes adquiridos na bilheteira online e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, bem como nas bilheteiras e, se reembolso, em cp.pt através do preenchimento do formulário online, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até 10 dias após terminada a greve”, indica a CP.

Também a Fertagus, que liga Lisboa e Setúbal por comboio, “prevê poder realizar 25% da sua oferta normal de dia útil” esta quarta-feira, devido à greve na IP, entidade gestora da circulação ferroviária.

Numa nota divulgada no seu site, a transportadora — que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP — disponibiliza os horários previstos para o dia da paralisação, no âmbito da qual “foi decretada a realização de serviços mínimos”.

A Fertagus sublinhou que o cumprimento destes horários está dependente dos efeitos da greve e aconselha aos utentes utilizar um transporte alternativo sempre que possível.

A IP alertou, numa informação divulgada no seu site, que “poderão verificar-se, ao longo do dia, perturbações na circulação ferroviária”.

Também os trabalhadores da IP cumprem esta quarta-feira uma greve de 24 horas reivindicando um prémio financeiro para mitigar os efeitos da inflação e o cumprimento do Acordo de Empresa.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, afeto à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, a greve deve-se à “falta de respostas da administração/Governo, que não têm em conta a realidade de uma brutal desvalorização dos salários”.

De acordo com uma ata disponível no site da DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, os sindicatos e a CP chegaram a acordo para o cumprimento de serviços mínimos de 25%.

*Notícia atualizada às 15h03 com novas informações relativas ao número de comboios sumprimidos