Kanye West já não vai comprar a rede social Parler. O rapper norte-americano de 45 anos tinha dado anunciado a intenção de comprar a rede normalmente descrita como uma alternativa de extrema-direita ao Twitter. No entanto, num comunicado divulgado esta sexta-feira e citado pela Reuters, a empresa que detém a rede social revelou que o acordo já não seguirá em frente.
A decisão foi tomada por mútuo acordo a meio de novembro. A Parler vai continuar a explorar futuras oportunidades para o crescimento e evolução da plataforma e da nossa comunidade vibrante”, pode ler-se.
A Parlment Technologies e West (que mudou legalmente o seu nome para Ye) anunciaram em outubro que os planos estavam em movimento com vista à aquisição da rede social por parte do músico. Na altura, a empresa disse esperar que o negócio fosse concluído no último trimestre deste ano.
Em meses recentes, West tem sido censurado por uma série de comentários de teor antissemita, que estão a ser encarados como discursos de incitamento ao ódio. O episódio mais recente aconteceu esta sexta-feira quando, aparecendo com uma máscara no programa InfoWars do também controverso Alex Jones, disse gostar de Hitler.
Kayne West admite que “gosta” de Hitler: “Também vejo coisas boas nele”
Dias antes, West terá jantado em Mar-a-Lago com o ex-Presidente e atual candidato às próximas eleições Donald Trump, na companhia de outros membros da extrema-direita norte-americana, incluindo Nick Fuentes, um supremacista branco.
Os comentários do rapper já tiveram como consequência o seu banimento de redes sociais como o Twitter. Várias marcas com as quais tinha acordos de patrocínio também optaram por se distanciar, entre as quais a alemã Adidas.