A polícia espanhola descobriu que as cartas com explosivos enviadas para vários locais de Espanha, nomeadamente uma que explodiu na embaixada da Ucrânia, tiveram origem em Valladolid, uma cidade no noroeste de Espanha.

De acordo com o El Mundo, as autoridades que estão a investigar o caso ainda não conseguiram perceber quem será a pessoa responsável pelo sucedido — até porque as cartas foram colocadas em marcos do correio comuns, o que dificulta o processo —, mas foi possível comprovar que a cidade espanhola estava na origem das encomendas.

Os seis envelopes recebidos em Espanha: castanhos, com destinatário em maiúsculas e material explosivo de fabrico caseiro

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O primeiro local a receber um envelope foi o Palácio de Moncloa, a residência oficial de Pedro Sánchez, mas o material foi detetado pelas equipas de segurança, que tratam de analisar tudo aquilo que chega através de raios-x. Neste caso, segundo descreveu também o El País, o material não ia explodir, mas sim provocar uma “chama súbita” assim que o envelope fosse aberto. Assim que foi dado o alerta, a segurança nos edifícios públicos foi reforçada.

Depois, também a embaixada ucraniana em Espanha recebeu, esta quarta-feira, um pacote semelhante. Foi o único envelope que não foi travado antes de ser aberto por um dos trabalhadores da embaixada, que acabou por ficar ferido numa das mãos.

No mesmo dia, surgiu um novo envelope na sede da empresa Instalaza, em Saragoça. Neste caso, o destinatário era o diretor da empresa, que é a fabricante das lança-granadas C-90 que o ministério da Defesa enviou para a Ucrânia.

Já na madrugada desta quinta-feira, por volta das quatro da manhã, as autoridades espanholas receberam mais um alerta: Tinha sido detetado um novo pacote explosivo na base aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, cujo destinatário era o Centro de Satélites da União Europeia. Este local é, aliás, uma base militar que passa informações à Ucrânia e não foram registados feridos.

O último envelope chegou na quinta-feira à embaixada dos Estados Unidos na capital do país vizinho. Também neste caso, as características, referiu o ministério da Administração Interna, são semelhantes às já registadas anteriormente.