O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Miguel Miranda, indicou, esta terça-feira de manhã, que Portugal continental será afetado por um “sistema convectivo de grande dimensão” nas próximas horas. O impacto deste fenómeno meteorológico ainda “está por determinar”, assim como as zonas mais afetadas — se será ou não na Grande Lisboa, uma das regiões muito atingidas pelo temporal de madrugada.
De acordo com o site do IPMA, um fenómeno convectivo ocorre quando “há forte instabilidade atmosférica, movimentos verticais ascendentes e elevado conteúdo em humidade na baixa troposfera”. Neste tipo de fenómeno, esperam-se “trovoadas, aguaceiros fortes — precipitação intensa intermitente (que podem ser sob a forma de neve, chuva e granizo), ventos fortes (com rajadas excedendo 90km/h) e tornados”.
Em declarações ao programa “Explicador” da Rádio Observador, Miguel Miranda disse que haverá inicialmente uma “situação de acalmia” das condições meteorológicas durante a manhã, mas que, ao início da tarde — por volta das 13h00 —, se registará um “agravamento”, que se deverá registar até às 18h00.
Daí, os “apelos dos autarcas para reduzir a mobilidade em toda a área da Grande Lisboa”. De acordo com Miguel Miranda, este apelo é “de enorme importância”, de modo a minimizar os impactos do mau tempo e “para restabelecer as situações normais”.
Para o diretor do IPMA, é também essencial “repor a capacidade de escoamento das águas fluviais nos pontos onde elas se acumularam”. “É preciso dizer que o número de acumulação foi inferior a dia 7, mas o número de pontos onde se verifica acumulação é muito superior”, referiu, acrescentando que o temporal de madrugada afetou não só a Grande Lisboa, como o Alto Alentejo e a Bacia do Tejo.