O sucesso do Benfica deu destaque a vários jogadores. Com o mercado de inverno a aproximar-se, o presidente do clube, Rui Costa, já pensa no que vai fazer em janeiro e garante que a janela de transferências “vai trazer entradas e saídas”, contou ao jornal A Bola. “Nem eu nem ninguém no futebol português está em condições de dizer que não venderá ninguém. Por um lado, os clubes precisam, por outro, os jogadores querem, porque a verdade é que não vivemos na liga mais com maior projeção no futebol internacional”.

O nome mais badalado tem sido o de Enzo Fernández. Depois da valorização que conseguiu com o título de campeão do mundo ao serviço da Argentina, o médio tem sido associado nos últimos dias a clubes ingleses como o Chelsea, o Manchester United, o Liverpool e o Manchester City. Rui Costa confirmou que Enzo só deixa o Benfica em janeiro se algum clube bater a cláusula de rescisão e se não for sensível aos argumentos do presidente. Confirmada já está a saída de Rodrigo Pinho para o Coritiba e é certo que “outros jogadores menos utilizados irão à procura de outros caminhos”.

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Rui Costa aparenta ser um homem satisfeito. Os encarnados ainda não perderam nenhum jogo esta temporada e as expectativas dos adeptos subiram. O líder das águias escolheu Roger Schmidt para assumir o cargo de treinador da equipa e a aposta, até ao momento, tem-se revelado acertada.

“Entendi que Roger Schmidt podia ser o intérprete ideal para corporizar esta lufada de ar fresco de que o Benfica precisava”, explicou o presidente do Benfica. O presidente do clube da Luz explicou que o motivo da escolha do alemão. “Era um treinador que eu conhecia e que me tinha ficado debaixo de olho desde que nos tinha eliminado com o Bayer Leverkusen [na Liga dos Campeões] e contra o PSV, em 2021, apesar de termos ganho, e bem, a eliminatória que nos abriu as portas da Champions, gostei do estilo de jogo dos holandeses e quis que a minha equipa pudesse vir a tê-lo”.

Após 28 jogos, o Benfica tem um rácio de 23 vitórias e 5 empates e, ao nível dos golos, o registo é de 73 marcados e 20 sofridos. Ainda assim, o conforto dos números não deixa Rui Costa tranquilo. “Se ganhamos um jogo, vamos logo ser campeões europeus e, se perdermos, vai a casa abaixo. O que peço é que não haja euforia, porque lideramos com avanço, nem depressão, se aparecer um resultado menos positivo. É preciso um equilíbrio e consegui-lo é o maior desafio que temos na presente temporada”.

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Após a renuncia de Luís Filipe Vieira ao cargo de presidente do Benfica, Rui Costa tomou conta dos destinos do clube. Depois das desilusões da época 2021/22 em que, apesar de tudo, o Benfica chegou aos quartos de final da Liga dos Campeões, o atual líder encarnado recorda o momento em que assumiu os destinos do clube. “Fui tentando preparar desportivamente aquilo que entendi que o Benfica necessitava, pegando nas coisas boas que já estavam feitas — porque, de facto, havia muita coisa bem feita — e alterando aquilo que me pareceu menos conveniente em termos de política desportiva”, explica Rui Costa.

“Os sócios e adeptos do Benfica não estão a contar os milhões que podem estar no banco, o que contam são os títulos que o clube consegue” e aí, ao nível do futebol, o presidente do Benfica está longe de ter obra feita visto ainda não ter conquistado qualquer troféu. No entanto, nas modalidades, o desempenho tem melhorado. “Sou frequentador dos pavilhões. O compromisso que assumimos com as modalidades produziu efeitos e deu vontade de dizer: ‘Resultou!’ Confesso que sinto grande melhorias, mas aviso já que quero muito mais no que diz respeito à mentalidade”.

O cargo que ocupa atualmente é apenas mais um capítulo da vida de Rui Costa no Benfica. “Nunca escondi que gostaria de ter no Benfica um percurso completo. Em primeiro lugar, adeptos, depois, apanha-bolas, jogador das camadas jovens, profissional com saída para o estrangeiro, mas sempre muito ligado ao clube, voltar para terminar a carreira de jogador, dirigente, presidente e, a seguir, novamente aquilo que sempre fui, um adepto”.