A presidente da Comissão Europeia destacou esta sexta-feira a “profunda ligação” da Croácia à União Europeia (UE), a propósito da sua integração no espaço Schengen de livre circulação e a adoção do euro como moeda a 1 de janeiro.
“Congratulo-me calorosamente com a Croácia no euro e no espaço Schengen de livre circulação”, afirmou Ursula von der Leyen em comunicado.
A presidente da Comissão sublinhou o facto de, a partir de domingo, os cidadãos dos países que compõem o espaço Schengen que viajam de e para a Croácia poderem fazê-lo sem controlos nas fronteiras internas.
“O alargamento de Schengen torna-nos mais fortes e agora a Croácia pode contribuir plenamente para um espaço Schengen mais próspero e resiliente“, referiu.
Von der Leyen acrescentou que, no mesmo dia, os croatas “juntam-se a uma comunidade de 347 milhões de europeus que usam o euro no seu dia-a-dia”.
“Esta é uma grande conquista para a Croácia, um símbolo do seu profundo apego à UE e um momento simbólico para a zona euro como um todo”, disse, acrescentando que “é um momento de orgulho para a UE, a Croácia e os seus cidadãos”.
Von der Leyen assinalou que tanto a entrada no euro como no espaço Schengen surgem após um período de “intensos preparativos e esforços significativos” por parte da Croácia para satisfazer todos os requisitos necessários.
Com a Croácia, 20 Estados-membros e 347 milhões de cidadãos da UE partilharão a moeda comum. No que diz respeito a Schengen, este é o oitavo alargamento e o primeiro ao fim de 11 anos.
Segundo Bruxelas, o euro trará “benefícios práticos” aos cidadãos e às empresas croatas, facilitará as viagens e a vida no estrangeiro, aumentará a transparência e a competitividade dos mercados e contribuirá para o comércio.
As notas e moedas de euro tornar-se-ão também para todos os croatas “um símbolo tangível da liberdade, conforto e oportunidades oferecidas pela UE”.
No que se refere ao espaço Schengen, a presidente da Comissão Europeia salientou que permite a 420 milhões de pessoas viajarem livremente entre os países membros sem passar por controlos fronteiriços mas também desenvolver uma responsabilidade comum e partilhada pelo controlo das fronteiras externas.
“Acima dos números, Schengen é há mais de 35 anos um espaço de valores, liberdade, segurança e justiça”, disse, sublinhando que, “especialmente no atual contexto geopolítico e económico, o espaço Schengen é decisivo para a estabilidade, a resiliência e a recuperação”.
Atualmente, o espaço Schengen inclui a maioria dos Estados da UE, com exceção para a Irlanda, que mantém uma cláusula de autoexclusão e dispõe da sua própria área de circulação comum com o Reino Unido, e da Bulgária, a Croácia, o Chipre e a Roménia, que estão obrigados a juntar-se ao mesmo.
Quatro Estados não pertencentes à UE – a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça -, também fazem parte do espaço Schengen.