A nova ministra do Planeamento e Orçamento, Simone Tebet, política brasileira de centro-direita que apoiou Lula da Silva, afirmou esta quinta-feira que “quando os partidos de centro se apequenam” os extremismos crescem.
“Quando os partidos do centro se apequenam ou se enriquecem eles dão espaço para toda a sorte de extremismo”, afirmou Tebet, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais tendo conquistado 4,2% na primeira volta em 2 de outubro.
Ao discursar na sua tomada de posse, no Palácio do Planalto, em Brasília, Simone Tebet, senadora, do Mato Grosso do Sul, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de 52 anos, ligada ao setor agrícola, afirmou que o seu apoio a Lula da Silva teve como objetivo “reposicionar o centro democrático do Brasil”.
Este não é só um Governo do Partido dos Trabalhadores (PT), mas também “da frente ampla democrática do Brasil”, frisou.
“O Brasil voltou ao curso normal da sua história”, disse Simone Tebet, que declarou o seu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva e que foi figura importante no mês de campanha da segunda volta, onde percorreu o país fazendo campanha ao lado do agora Presidente.
Durante a campanha eleitoral, Simone Tebet chegou mesmo a dizer que Lula da Silva deveria “tirar o vermelho da rua” para não assustar eleitores conservadores e passar a utilizar a cor branca, da paz, num simbolismo de que não era o PT contra Jair Bolsonaro, mas sim uma frente ampla democrática.
“Onde se via no passado o discurso de armas, ali se sentia o discurso dos livros”, afirmou agora, referindo-se ao dia da tomada de posse de Lula da Silva, no domingo.
No discurso de Lula da Silva, apontou, viu-se “defesa da vida, da diversidade e do meio ambiente”, ao lado do povo brasileiro.
“Depois de quatro anos de negacionismo à vida, ataques à democracia, discurso de ódio, mentiras deslavadas e divisão entre os brasileiros, aquele foi um dia de paz”, vincou.