Roberto Martínez está a ser apontado como o novo selecionador nacional por vários meios de comunicação internacionais. Depois de, já esta sexta-feira, o The Telegraph ter adiantado que o espanhol era um dos principais candidatos a suceder a Fernando Santos, agora é o The Athletic a avançar que o treinador já tem mesmo um “acordo verbal” com a Federação Portuguesa de Futebol.

De acordo com David Ornstein, jornalista do The Athletic normalmente associado ao mercado de transferências, Roberto Martínez já terá aceitado o convite para orientar a Seleção Nacional e resta agora acertar os últimos pormenores, sendo que ainda não existirá qualquer acordo escrito. De recordar que o treinador espanhol comandou a seleção da Bélgica até ao passado mês de dezembro, altura em que deixou os belgas ao fim de seis anos na sequência da eliminação ainda na fase de grupos do Mundial do Qatar.

A confirmar-se, Roberto Martínez torna-se o segundo selecionador estrangeiro da história da Seleção Nacional e o primeiro desde o brasileiro Luiz Felipe Scolari, que liderou Portugal entre 2003 e 2008 e chegou à primeira final de sempre, no Euro 2004, perdida para a Grécia no Estádio da Luz. Nascido em Balaguer, na Catalunha, o treinador de 49 anos teve uma carreira de jogador sem grande expressão — essencialmente no Reino Unido, com passagens pelo Motherwell, o Wigan e o Swansea City — e mudou-se para as equipas técnicas em 2007.

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Depois de dar os primeiros passos precisamente no Swansea City, onde foi campeão do terceiro escalão inglês, saltou para o Wigan e conquistou o primeiro título da história do clube, ao ganhar a Taça de Inglaterra em 2013 com uma vitória na final frente ao Manchester City. Nesse mesmo ano, contudo, não conseguiu a manutenção na Premier League e mudou-se para o Everton, onde ficou até 2016. Nessa altura, assumiu então o comando da Bélgica, sucedendo a Marc Wilmots após o Europeu de França que Portugal venceu.

Roberto Martínez: a vida do treinador espanhol que é padrinho do neto de Cruyff e tirou o Brasil do Mundial

Nos últimos seis anos, Roberto Martínez foi o líder de uma das melhores gerações de sempre do futebol belga à boleia de Hazard, De Bruyne, Lukaku e tantos outros. Alcançou um extraordinário terceiro lugar no Mundial da Rússia, em 2018, e no Euro 2020 caiu nos quartos de final — eliminando Portugal nos oitavos. No Qatar, porém, chegou a desilusão: a Bélgica não foi além da fase de grupos, sendo eliminada num grupo que também tinha Marrocos, Croácia e Canadá, e o espanhol acabou por ser a cabeça a cair após o afastamento surpreendente.