O bónus que a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, pode receber da companhia aérea caso cumpra o plano de reestruturação até 2025 pode chegar aos três milhões de euros (uma quantia que ainda não era conhecida). Contudo, o contrato que regula o valor ainda não foi ratificado pela assembleia-geral da empresa, podendo, por isso, tornar-se inválido.

A notícia é avançada pelo Jornal Económico e pela CNN Portugal, com o canal de televisão a revelar que, no momento em que foi contratada, a CEO da companhia aérea definiu condições para que pudesse obter um bónus de três milhões de euros.

No entanto, para que esse valor seja pago, o contrato teria de ser aprovado em assembleia-geral da TAP — o que não terá acontecido. Segundo a CNN, a contratação de Ourmières-Widener foi levada a AG e aprovada com conhecimento das condições remuneratórias. Porém, o prémio não terá sido oficialmente ratificado: em causa estará um contrato de administração válido de quatro anos, que remete para um outro contrato de gestão que definira os objetivos do mandato.

O Jornal Económico cita o documento realçando que “o conteúdo deste contrato, incluindo os seus anexos, a sua execução e assinatura pelos acima referidos representantes da companhia, está sujeito a ratificação em assembleia geral”, dizendo o jornal que a variável (o bónus) não foi ratificado em assembleia-geral nem há referência nas atas das assembleias-gerais ao próprio contrato. A CEO da TAP já tinha dito que teria direito a um prémio no final do plano de reestruturação, em 2025. As remunerações variáveis estão, neste momento, suspensas para os administradores, devido ao plano de reestruturação.

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Afinal qual o prémio a que a CEO da TAP tem direito se terminar plano de reestruturação com sucesso?

Como nota a CNN Portugal, o Estado — nomeadamente o ministério das Infraestruturas e das Finanças — tiveram conhecimento do salário dos administradores. Agora, ainda não é claro se o Governo acabará por pagar o bónus a Christine Ourmières-Widener.