A Riopele assume os têxteis técnicos para o setor da mobilidade como uma das novas “grandes apostas” no âmbito da sua estratégia de diversificação de áreas de negócio, garantindo que “quer estar pronta para o novo TGV”.

De acordo com o responsável do novo segmento de negócio ‘Riopele Textile E-Motion’, João Amaral, a empresa procura “aliar o longo historial e conhecimento no segmento de moda e vestuário a uma abordagem criativa e diferenciadora no desenvolvimento de novos produtos para o setor da mobilidade”.

A Riopele, pela sua dimensão e capacidade instalada, procura sempre potenciar novas áreas de negócio”, refere, detalhando que a têxtil tem vindo a trabalhar no segmento da mobilidade desde o início de 2020, colaborando “com algumas empresas europeias de referência”, e “quer estar pronta para o novo TGV”.

“Gostaríamos que o novo comboio da alta velocidade tivesse um cunho português“, sustenta.

Neste sentido, a Riopele diz ter desenvolvido dois novos “produtos exclusivos”: materiais têxteis com cortiça incorporada e materiais produzidos a partir de resíduos têxteis, tendo por base o conceito da sua marca de tecidos ‘Tenowa’.

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Em paralelo, a têxtil de Vila Nova de Famalicão revela estar “a colaborar com algumas das mais importantes marcas do setor automóvel à escala internacional”.

Queremos introduzir uma visão de moda no setor da mobilidade, procurando a aceitação dos fabricantes da nossa estratégia e posicionamento”, explica João Amaral.

Após ter assumido, há algumas semanas, o objetivo de se tornar até 2027 “uma das primeiras empresas do setor a nível europeu operacionalmente neutra em carbono”, a Riopele nota que “também a indústria automóvel se encontra na encruzilhada da sustentabilidade”.

Segundo lembra o responsável da ‘Riopele Textile E-Motion’, há “fabricantes a anunciar o fim do uso de pele natural, veículos de série a integrar materiais naturais e reciclados e veículos conceptuais que no fim de vida são 100% recicláveis”, cabendo à empresa “identificar soluções e desenvolver produtos concretos para estes novos desafios”.

O futuro passará por habitáculos mais confortáveis, como um prolongamento da nossa sala de estar, com incorporação de matérias-primas mais amigas do ambiente e de maior diferenciação. As decisões de compra do consumidor serão mais conscientes e exigentes, existindo também neste ponto uma mudança radical dos fabricantes”, destaca.