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Sejamos Franco(s): não houve ópera mas fez-se música (a crónica do Académico de Viseu-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

Sérgio Conceição tinha dito que o jogo não ia ser bom e não enganou ninguém: FC Porto venceu Ac. Viseu no Fontelo em serviços mínimos e com golo de André Franco e está nas meias-finais da Taça (0-1).

O jovem médio, reforço de verão dos dragões, marcou o único golo do jogo
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O jovem médio, reforço de verão dos dragões, marcou o único golo do jogo

Tony Dias/Global Imagens

O jovem médio, reforço de verão dos dragões, marcou o único golo do jogo

Tony Dias/Global Imagens

Taça da Liga? Check. Campeonato? Work in progress. Taça de Portugal? Loading. Se excluirmos a Liga dos Campeões, a temporada do FC Porto pode resumir-se a três grandes objetivos e a estas três definições anglo-saxónicas. Os dragões já conquistaram um troféu, estão a perseguir o Benfica na Liga e querem revalidar o título que culmina no Jamor. E parte disso jogava-se esta quarta-feira, no Fontelo, nos quartos de final da Taça.

No reencontro com o Académico de Viseu três semanas depois — eliminou os viseenses em Leiria, na meia-final da Taça da Liga –, o FC Porto surgia na Taça de Portugal naquela que é provavelmente a sua melhor fase da temporada. A equipa de Sérgio Conceição entrava em campo vinda de sete vitórias consecutivas e sem perder desde o final de outubro, quando o Benfica foi ganhar ao Dragão. Algo que nem sempre esvazia as críticas feitas às exibições — e que deixa o treinador particularmente incomodado.

Ficha de jogo

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Académico de Viseu-FC Porto, 0-1

Quartos de final da Taça de Portugal

Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto)

Académico de Viseu: Gril, Tiago Mesquita, André Almeida, Arthur, Milioransa (Labila, 84′), Messeguem, Tomás Silva, Quizera (Yuri Araújo, 65′), Ott, Clóvis (Rodrigo Pereira, 84′), Toro

Suplentes não utilizados: Mbaye, Ícaro, Ramírez, Bandeira, Luisinho, Pana

Treinador: Jorge Costa

FC Porto: Cláudio Ramos, João Mário (Galeno, 66′), Pepe, Marcano, Zaidu, André Franco (Taremi, 87′), Bernardo Folha (Rodrigo Conceição, 79′), Uribe, Pepê, Danny Loader (Grujic, 79′), Toni Martínez (Evanilson, 66′)

Suplentes não utilizados: Diogo Costa, Manafá, João Marcelo, Gonçalo Borges

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: André Franco (50′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Milioransa (45′), a Toni Martínez (45+5′), a Uribe (47′), a João Mário (52′), a Tomás Silva (75′), a André Almeida (89′), a João Marcelo (90+2′), a Toro (90+5′)

“De certa forma, ouvir disparates nem sempre é bom nem me deixa bem disposto. Ouço muitos disparates, já que se fala muito de futebol em geral e não de futebol. Às vezes, rio-me. Outras vezes, faço essa gestão com o grupo de trabalho. Percebendo cada vez mais a região Norte e o Porto — sem entrar em política –, sentimos que, sobretudo quando ganhamos, criamos uma certa azia. Uma azia que nos deixa satisfeitos, porque é sinónimo de que estamos a ganhar e a fazer bem as coisas. Ainda que, para outros, nem tanto. Mas de certeza que não vão ver ópera. O relvado não parece em excelente estado, provavelmente não haverá nota artística”, atirou Conceição na antevisão da partida.

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O técnico dos dragões não podia contar com Otávio, Eustáquio, Wendell e Veron, todos lesionados, e lançava Bernardo Folha, André Franco, Danny Loader e Toni Martínez no onze inicial, deixando Galeno e Taremi no banco. Do outro lado, numa altura em que o Académico de Viseu está no 4.º lugar da Segunda Liga e ainda a sonhar com a subida, Jorge Costa colocava Clóvis enquanto referência ofensiva, apoiado por Ott e Quizera.

Em concordância com o tempo frio que se fazia sentir em Viseu, o jogo demorou muito a aquecer. Durante a meia-hora inicial, o único lance mais disruptivo da partida tinha mesmo sido uma jogada em que Quizera apareceu na cara de Cláudio Ramos e o guarda-redes saiu aos pés do avançado (7′). O FC Porto mantinha a superioridade natural, com mais bola e uma presença clara no meio-campo adversário, mas escasseava na assertividade e permitia que o Académico de Viseu fosse aliviando a pressão com transições rápidas.

À chegada à meia-hora, João Mário assinou o primeiro remate enquadrado do jogo, com um cabeceamento fraco na sequência de um cruzamento de Zaidu que Gril encaixou (29′). Logo depois, Danny Loader protagonizou a primeira oportunidade digna desse nome, com um pontapé forte que o guarda-redes viseense também defendeu (30′). Ainda assim, e à exceção de um pontapé de Uribe que passou ao lado da baliza (45+1′), a melhor ocasião do primeiro tempo pertenceu mesmo ao Académico de Viseu.

Depois de um cruzamento para a grande área e de um alívio incompleto de Loader, Clóvis rematou cruzado e viu dois colegas de equipa chegarem ligeiramente atrasados ao desvio ao segundo poste (43′). Ao intervalo, num jogo a eliminar, estava tudo empatado: e o FC Porto precisava de ser mais vertical, pragmático e frio se quisesse resolver a eliminatória sem sofrer de forma desnecessária.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Académico de Viseu-FC Porto:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e a equipa de Sérgio Conceição, tal como se exigia, demorou apenas cinco minutos a abrir o marcador e a colocar-se em vantagem. Numa transição rápida onde o Académico de Viseu cedeu espaço que até aí não tinha permitido, Uribe cruzou descaído na direita e André Franco, no coração da grande área, cabeceou para bater Gril (50′).

Já depois de Loader ficar perto de aumentar a vantagem do FC Porto, com um remate cruzado que Gril defendeu (55′), os dois treinadores mexeram praticamente ao mesmo tempo: Jorge Costa tirou Quizera para lançar Yuri Araújo, Sérgio Conceição trocou João Mário e Toni Martínez por Galeno e Evanilson. Os dragões perderam intensidade à medida que o tempo foi passando e o Académico de Viseu ia aproveitando para conquistar metros e perder algumas amarras, deixando o resultado permanentemente em aberto até ao fim.

Contudo, até ao apito final e apesar da insistência e da perseverança da equipa da casa, já pouco aconteceu. O FC Porto venceu o Académico de Viseu em dia de serviços mínimos e deu razão a Sérgio Conceição, que tinha avisado para a escassa probabilidade de a partida ser extraordinária. Os dragões estão apurados para as meias-finais da Taça de Portugal, onde vão defrontar o Famalicão numa eliminatória que já será discutida a duas mãos.

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