A decisão sobre os serviços mínimos para a greve do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) está a levar diretores de escolas a admitir demitir-se. Quem o diz é o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, ao Jornal de Notícias.
Um dos pontos da discórdia é a obrigatoriedade de serem cumpridas três horas de aulas por dia, que Manuel Pereira diz não só ser difícil de cumprir como considera ser “uma limitação inaceitável ao direito à greve”. “Os diretores querem paz e conheço vários que não só admitem demitir-se como ponderam não cumprir os serviços mínimos, incorrendo em consequências legais”, afirmou o responsável, ao JN. Trata-se, acrescenta, de uma “requisição civil encapotada”.
Mas há dúvidas sobre como algumas das regras podem ser cumpridas. Segundo o jornal, uma delas é se os alunos podem ter furos, que não são permitidos na elaboração dos horários.
Os juízes responsáveis pelo acórdão defendem que a greve, que já dura há mais de 50 dias, pode pôr em risco as avaliações do segundo período e a preparação para os exames. De acordo com o JN, o STOP já lançou pré-avisos de greve até 10 de março.
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