A inflação nos Estados Unidos situou-se em 6,4% em janeiro, um abrandamento inferior ao esperado face ao mesmo mês de 2022, tendo acelerado em relação a dezembro, indicou esta terça-feira o Departamento do Trabalho.

Segundo o índice de preços no consumidor (CPI) divulgado pelo Departamento do Trabalho, o abrandamento foi de uma décima, uma vez que em dezembro a inflação homóloga tinha ficado em 6,5%.

A desaceleração foi mais fraca do que o previsto, uma vez que os analistas antecipavam uma taxa de inflação de 6,2%, segundo a MarketWatch.

Na comparação mensal, a subida de preços acelerou para 0,5%, contra o aumento de 0,1% registado de novembro para dezembro.

A inflação subjacente, que exclui os preços da alimentação e da energia por serem os mais voláteis, subiu 0,4% em janeiro e na comparação com o mesmo mês do ano anterior situou-se em 5,6%, o nível mais baixo desde dezembro de 2021.

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Segundo o gabinete de estatísticas laborais, a taxa de inflação de 6,4% é a mais baixa desde outubro de 2021. Em junho passado, a inflação atingiu um pico de 9,1%, tendo recuado desde então.

Os dados da inflação são divulgados num momento em que se analisa se as constantes subidas das taxas de juro decididas pela Reserva Federal (Fed) desde março de 2022 estão a ter o efeito desejado na contenção de preços.

No dia 01 de fevereiro, foi anunciada mais uma subida das taxas de juro, um aumento de 0,25%, menor do que os anteriores.

Com esse aumento, a taxa dos fundos federais ficou num intervalo entre 4,5% e 4,75%, o nível mais alto desde setembro de 2007.

Na semana passada, o presidente da Fed, Jerome Powell, reafirmou que será necessário continuar a subir as taxas de juro durante algum tempo já que o processo de “desinflação” só começou agora e “tem um longo caminho a seguir” até recuar para os desejados 2%.