O filme “Mal Viver”, de João Canijo, venceu este sábado o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim, anunciou o júri na cerimónia de palmarés.
O Presidente da República já reagiu à notícia da vitória do cineasta: “É espetacular, eu por acaso tinha recebido não a notícia, mas a probabilidade dessa notícia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3.
“O cinema português está num momento muito bom e [galardão] é prova da excelência do nosso cinema. É um grande orgulho para Portugal”, acrescentou Marcelo.
No discurso de agradecimento, Canijo agradeceu à equipa de produção e distribuição, assim como à equipa que consigo criou o filme, “composta quase completamente por mulheres”, nomeando em especial a diretora de fotografia, Leonor Teles.
“Para terminar, [agradeço] às mulheres que me deram a sua vida para este filme, as atrizes, são maravilhosas e deram-me a sua vida”, afirmou o realizador português.
O primeiro-ministro, por sua vez, saudou a atribuição do Urso de Prata ao filme “Mal viver”, considerando um “merecido reconhecimento internacional” para o realizador português com uma “obra marcante e de grande maturidade”.
“João Canijo está de parabéns pelo Urso de Prata Prémio do Júri atribuído ao filme “Mal Viver” na Berlinale. Merecido reconhecimento internacional para um cineasta português com uma obra marcante e de grande maturidade. O cinema nacional demonstra uma vez mais a sua excelência”, felicitou António Costa.
João Canijo está de parabéns pelo Urso de Prata Prémio do Júri atribuído ao filme “Mal Viver” na @berlinale. Merecido reconhecimento internacional para um cineasta português com uma obra marcante e de grande maturidade. O cinema nacional demonstra uma vez mais a sua excelência. https://t.co/zKgjOJAcqI
— António Costa (@antoniocostapm) February 25, 2023
João Canijo esteve na competição deste festival com duas longas-metragens interligadas, que tiveram estreia em secções distintas: “Mal Viver” esteve na competição oficial e “Viver Mal” na secção Encontros, dedicada a “novas visões cinematográficas”.
O júri da competição internacional da Berlinale deste ano foi presidido pela atriz norte-americana Kristen Stewart e composto pela atriz iraniana Golshifteh Farahani, pela realizadora alemã Valeska Grisebach, pelo romeno Radu Jude, pela diretora de ‘casting’ norte-americana Francine Maisler, pela realizadora espanhola Carla Simón e pelo realizador de Hong Kong Johnnie To.
João Canijo esteve na competição deste festival com duas longas-metragens interligadas, que tiveram estreia em secções distintas: “Mal Viver” esteve na competição oficial e “Viver Mal” na secção Encontros, dedicada a “novas visões cinematográficas”.
“Mal Viver” “é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana”, lê-se na sinopse.
“Viver Mal” segue em paralelo àquela história, focando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.
O elenco conta sobretudo com mulheres, com Rita Blanco, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam Nuno Lopes e Rafael Morais.
A produtora Midas Filmes descreve os filmes como “um dos mais ambiciosos empreendimentos artísticos dos anos mais recentes” no percurso de João Canijo. Ambos se estreiam nos cinemas portugueses a 11 de maio.
João Canijo já tinha estado presente noutros festivais de cinema de relevo, como Cannes, com “Noite Escura” (2004), Veneza, com “Mal Nascida” (2007) e San Sebastian, onde venceu dois prémios com “Sangue do meu Sangue” (2011).
O júri da competição internacional da Berlinale deste ano foi presidido pela atriz norte-americana Kristen Stewart e composto pela atriz iraniana Golshifteh Farahani, pela realizadora alemã Valeska Grisebach, pelo romeno Radu Jude, pela diretora de ‘casting’ norte-americana Francine Maisler, pela realizadora espanhola Carla Simón e pelo realizador de Hong Kong Johnnie To.
Artigo atualizado com discurso de agradecimento de João Canijo e com a reação do primeiro-ministro.