A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional alertaram para “um agravamento considerável das condições meteorológicas e de agitação marítima”, a partir desta segunda-feira e até quinta-feira, que afetará o arquipélago dos Açores e a costa ocidental de Portugal continental.

“A previsão do estado do mar e do vento aponta para um agravamento considerável das condições meteorológicas e de agitação marítima no arquipélago dos Açores a partir das 18h desta segunda-feira e até ao final da noite de quinta-feira, 2 de março”, indicam estas duas organizações, num aviso publicado no site da Marinha.

O aviso aplica-se também na costa ocidental de Portugal continental, entre o final da noite de terça-feira, 28 de fevereiro, e o final de quarta-feira, 1 de março, de acordo com o comunicado da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional (AMN).

No arquipélago dos Açores, a agitação marítima será caracterizada por “uma ondulação proveniente do quadrante oeste, com uma altura significativa que poderá atingir os 10 metros e uma altura máxima de 18 metros, com um período médio a variar entre os 10 e os 16 segundos”, avisam as duas organizações marítimas.

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Durante o período de alerta previsto para os Açores, a partir desta segunda-feira e até quinta-feira, “são esperados ventos provenientes do quadrante sul, com uma intensidade média de 95 km/h [quilómetros por hora] e com rajadas até 170 km/h”, lê-se no aviso.

Relativamente à costa ocidental de Portugal continental, onde está também previsto um agravamento considerável das condições meteorológicas, entre terça e quarta-feira, a agitação marítima fará sentir-se com “uma ondulação proveniente do quadrante oeste, com uma altura significativa que poderá atingir os cinco metros e uma altura máxima de nove metros, com um período médio a variar entre os 15 e os 18 segundos”.

Assim, a Marinha e a AMN “recomendam, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução“.

As duas organizações aconselham também o reforço da amarração e vigilância das embarcações atracadas e fundeadas e que os marítimos mantenham um estado de vigilância permanente e acompanhem a evolução da situação meteorológica, através dos avisos à navegação e da previsão meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), bem como outras informações disponibilizadas pelas capitanias dos portos sobre as condições de acesso aos portos, “evitando sair para o mar até que as condições melhorem”.

“À população em geral desaconselha-se a prática de passeios junto à orla costeira e nas praias, bem como a prática de atividades em zonas expostas à agitação marítima ou atingidas pela rebentação”, avisam as organizações marítimas, referindo que deve ser evitado o acesso e permanência junto às falésias e zonas de arriba e que é “essencial que se adote uma postura preventiva, não se expondo desnecessariamente ao risco”.

No aviso conjunto, a Marinha e a AMN acrescentam que, “caso exista absoluta necessidade de se deslocar até à orla costeira, deverá manter uma atitude vigilante, tendo sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”.