Os trabalhadores da TVI, canal do grupo Media Capital, vão estar em greve no dia 15 de março, na sequência da decisão esta quarta-feira aprovada em plenário e “por unanimidade”, disseram à Lusa vários jornalistas.

Em 9 de fevereiro, os trabalhadores da estação de Queluz tinham aprovado em plenário um pré-aviso de greve, de 24 horas, para 8 de março, em que reclamavam uma atualização salarial mínima de 8% para todos.

Esta quarta-feira, em plenário, a proposta da administração foi rejeitada pelos trabalhadores, tendo sido convocada greve para 15 de março, confirmou à Lusa Rolando Santos, da Comissão de Trabalhadores (CT).

Aquando do primeiro plenário, a CT da TVI tinha dito que 8% era o “mínimo aceitável, porque cobre a taxa de inflação”.

Entre as outras reivindicações está a atualização do subsídio de alimentação para o máximo permitido legalmente, a concessão de 25 dias de férias anuais e outras questões que têm a ver com o plano de carreiras.

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Na altura, a CT adiantou que só recuará caso este caderno reivindicativo fosse aprovado a 100%.

Um dia depois, em 10 de fevereiro, o Presidente da República alertou que só com uma “comunicação social forte” se pode garantir uma “democracia forte”, ao comentar o anúncio de greve na TVI e a fase “muito difícil” que o jornalismo está a atravessar.

“Ando há anos a dizer que a comunicação social está a atravessar uma fase social e económica muito difícil, de grande precariedade, e para uma democracia forte, é preciso uma comunicação social forte. Se a comunicação social não é forte, a democracia não é forte”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.