Alexandria Ocasio-Cortez é alvo de investigação pelos atrasos no pagamento dos serviços associados à Met Gala de 2021, depois de ter estado sob suspeita de violação de regras éticas no evento. A congressista norte-americana estreou-se, em 2021, na passadeira vermelha do evento, em Nova Iorque, com um vestido que, na época, deu que falar.
Os dados do Comité de Ética da Câmara dos Representantes, publicados na passada quinta-feira, 2 de março, denunciam que as faturas do aluguer do vestido, sapatos e mala usados no evento, assim como os serviços de cabeleireiro e maquilhagem, foram pagos com meses de atraso.
Também o transporte e cerca de 5 mil dólares (cerca de 4.700 euros) cobrados pelo quarto no Hotel Carlyle, onde Ocasio-Cortez se preparou para a gala, se somam à equação.
Em declarações ao Comité, a congressista, citada no El País, pediu desculpa pela “bola que foi aumentando” e considerou “profundamente lamentável” o atraso nos pagamentos, atribuindo depois a responsabilidade a um antigo membro da equipa ao qual tinha recordado a necessidade de regularizar a dívida.
Depois de terem entrado em contacto com Ocasio-Cortez, o Comité avançou que, aparentemente, a congressista terá pago as faturas em falta.
A investigação avançou também que não foi considerada nenhuma violação das regras éticas da Câmara dos Representantes com a participação de Ocasio-Cortez na Met Gala. A congressista participou no evento, cujo bilhete custa 35 mil dólares (cerca de 32 800 euros), a convite de Anna Wintour, diretora da revista Vogue e anfitriã do mesmo. As regras permitem que os membros do congresso participem em eventos de caridade apenas se forem convidados pelos organizadores.
Em setembro de 2021, Alexandria Ocasio-Cortez usou na Met Gala um vestido branco, da designer Aurora James, da marca Brother Vellies, que dizia “Tax the rich” (“Taxem os ricos”, em português), gravado em letras vermelhas. A posição da política causou polémica num evento frequentado por algumas das personalidade mais ricas dos Estados Unidos.
Muitos consideraram ser um ataque aos mais progressistas, por utilizar um lema esquerdista num evento elitista, enquanto outros, mais conservadores, consideraram o vestido um ato de hipocrisia.
Alexandria Ocasio-Cortez defendeu o vestido como uma forma de publicitar a mensagem em que acredita.