Uma exposição com 30 obras de arte gótica provenientes do Museu Diocesano e da Catedral de Barcelona, em Espanha, vai estar patente no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, entre 20 de abril e 3 de julho.

Intitulada “Barcelona gótica. Obras do Museu Diocesano e da Catedral de Barcelona”, a exposição irá apresentar “a mais importante seleção de obras góticas” em pintura, ourivesaria e escultura da Arquidiocese de Barcelona, segundo a organização.

A mostra, que foi apresentada esta quinta-feira em conferência de imprensa, no Museu Diocesano de Barcelona, irá reunir ainda três obras-primas de arte gótica pertencentes aos fundos do museu português, indicou um comunicado da Catedral de Barcelona enviado pelo MNAA à agência Lusa.

Apresentada como “uma das mais importantes exposições internacionais da arte gótica catalã”, reunirá peças de artistas como Jaume Huguet, Bernat Martorell, Ramon Destorrents, Jaume Serra, Rafael Vergós, Ferrer e Arnau Bassa, e Pere García de Benavarre, entre outros, algumas delas nunca vistas fora de Espanha.

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Enquadrada no contexto das relações políticas, culturais e comerciais que se produziram na Europa dos séculos XIV e XV, a exposição — comissariada por Helena Alonso e Oscar Carrascosa — põe em relevo as estreitas ligações estabelecidas com a coroa portuguesa.

As obras dos fundos do MNAA que serão incluídas na exposição são a tábua central do retábulo da Capela de Almudaina, do palácio daquela localidade em Palma de Maiorca, um tríptico de Bernat Martorell e uma pintura de Bartolomé Bermejo, artista que foi alvo de uma grande exposição recente no Prado, em Madrid.

O discurso expositivo evidencia especialmente os estreitos vínculos históricos estabelecidos entre a Catalunha e Portugal, com peças como a espada do condestável Pedro de Portugal, pertencente à Catedral de Barcelona, e que será exibida pela primeira vez fora da cidade, segundo a organização.

O catálogo da exposição — que recebeu apoio mecenático do BPI/Fundação “La Caixa” — foi elaborado por especialistas da Universidade de Barcelona e da Universidade Autónoma de Barcelona, pelos comissários e por Joaquim Caetano, diretor do MNAA.