A ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff foi esta sexta-feira eleita nova presidente do banco de desenvolvimento do BRICS, fórum que o Brasil integra juntamente com Rússia, Índia, China e África do Sul, para um mandato até 2025.
“Em 24 de março de 2023, o conselho de governadores do NBD [Novo Banco de Desenvolvimento] elegeu Rousseff por unanimidade como presidente do banco, com efeito imediato”, disse o órgão numa nota.
Dilma Rousseff, que foi chefe de Estado entre 2011 e 2016, foi indicada para o cargo pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no poder desde 1 de janeiro.
A nomeação ocorre nas vésperas de uma visita de Estado que Lula da Silva fará à China, maior parceiro comercial do Brasil, na próxima semana.
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O NBD, com sede em Xangai, foi criado em 2014, quando Dilma Rousseff estava no comando da Presidência da República do Brasil, cargo que ocupou até ser destituída em 2016 pelo Congresso num julgamento político por suposta gestão orçamentária irregular.
Dilma Rousseff substituirá o diplomata brasileiro Marcos Troyjo à frente do banco de desenvolvimento do BRICS, que assumiu o cargo em 2020 e cujo mandato terminaria em 2025.
Troyjo, cuja candidatura foi promovida pelo ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, renunciou ao cargo a 10 de março, quando teve início um novo processo seletivo dentro da instituição financeira.
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Os planos do diplomata passariam agora pela entrada no Governo regional de São Paulo, chefiado pelo governador e ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio Gomes de Freitas, segundo os “media” brasileiros.
O banco de desenvolvimento do BRICS se dedica ao financiamento de projetos de infraestrutura dos seus cinco membros iniciais, mas também apoia países em desenvolvimento, como Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai, admitidos como membros do banco em 2021.