Um sismo de magnitude 5.9 na escala de Richter foi registado esta sexta-feira na cidade chilena de Antofagasta, na zona costeira no norte do país. O terramoto ocorreu às 7h46 locais, mais quatro horas em Lisboa, confirmou o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico nas redes sociais.

O abalo teve origem a 52 quilómetros de profundidade e ocorreu menos de um dia depois de outro terramoto ter sido registado também no Chile, mas na cidade de Maule, na zona central do país. Esse sismo teve magnitude calculada de 6.3 na escala de Richter e foi mais superficial, tendo a libertação de energia despontado a 15 quilómetros de profundidade.

Sismo de magnitude 6.3 atinge região do Maule, no Chile

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O Chile está numa região do planeta muito propensa à atividade sísmica. O país está no limite entre duas placas tectónicas — as peças da superfície da Terra que interagem entre si, permitindo a renovação do material geológico.

A placa de Nazca e a placa Sul-Americana colidem uma com a outra, obrigando a primeira a mergulhar sobre a segunda. A fronteira banhada pelo oceano Pacifíco no Chile corresponde precisamente ao limite entre as duas placas.

A placa de Nazca, sob o oceano Pacífico, é composta por rochas mais pesadas. Quando mergulha por baixo da placa Sul-Americana é destruída ao atingir a camada magmática da Terra. Mas as rochas que compõem as duas placas vão acumulando as tensões resultantes do choque entre as duas peças. Ao atingirem o seu limite para absorver energia, ela liberta-se e dá origem a um novo sismo.