O antigo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, foi, esta terça-feira, acusado da prática de 34 alegados crimes pelo Tribunal de Manhattan. Acusado de falsificar documentos, com o objetivo de proceder a “fraude” ou à “prática de outro crime”, o magnata terá montado um “esquema” para “suprimir informações negativas” sobre si, com a finalidade de o ajudar a “ganhar eleições” presidenciais de 2016.
De acordo com a Justiça norte-americana, Donald Trump terá realizado pagamentos para tentar encobrir três casos que poderia pôr em causa a sua reputação. O procurador Alvin Bragg explicou que o antigo Presidente pagou 30 mil dólares, cerca de 27 mil euros, a um porteiro da Trump Tower (que alegou que tinha conhecimento de um caso de paternidade extraconjugal) e pagou 150 mil dólares, cerca de 137 mil euros, a uma mulher que se apresentou como ex-amante. À atriz pornográfica, Stormy Daniels, o antigo chefe de Estado pagou 130 mil dólares, aproximadamente 120 mil euros, para que a mulher não divulgasse o encontro sexual que os dois tiveram.
“Este esquema é ilegal. O esquema violou a lei eleitoral de Nova Iorque, tornando-o num crime de conspiração para promover uma candidatura através de meios ilegais”, aclarou o procurador. Além disso, antes de candidatar-se, Donald Trump concordou que o seu antigo advogado, Michael Cohen, pagasse para silenciar Stormy Daniels.
Mas foi apenas em 2017, quando já estava na Casa Branca, que Donald Trump pagou ao seu ex-representante jurídico. O magnata registou os pagamentos ao seu antigo advogado como “serviços legais”, algo que não terá acontecido e que, por consguinte, constitui um crime de falsificação de documentos.
“Donald Trump manteve os documentos que continham as declarações tributárias falsas de que estava a pagar Michael Cohen por serviços legais em 2017. Ele pessoalmente assinou cheques para pagamentos a Cohen”, frisou Alvin Bragg.