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O dia 407 de guerra na Ucrânia fica marcado pela visita de Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen à China, onde esta quinta-feira estiveram com Xi Jinping. O Presidente francês pareceu decidido a traçar um “rumo comum” com o homólogo chinês.

Em conferência conjunta, ambos apelaram à realização de conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia o mais rapidamente possível, com o Presidente chinês a colocar-se firmemente contra o uso de armas nucleares: “não podem ser usadas”. A presidente da Comissão Europeia instou Xi Jinping a contactar Volodymyr Zelensky; o líder chinês disse estar pronto a fazê-lo, no momento oportuno.

Na Rússia, decorre um outro encontro, não menos importante. Vladimir Putin e o Presidente bielorrusso, Alexandrer Lukashenko, estão reunidos para o segundo e último dia de conversações, com vista a aprofundar os laços de união entre os dois países.

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Alheio às críticas chinesas, o Presidente russo vai-se preparando para estacionar armas nucleares na Bielorrússia. O Ocidente, através de Emmanuel Macron, critica:  “Em nenhum caso as armas nucleares podem ser colocadas fora do território de uma potência nuclear, especialmente na Europa”. O Kremlin fala em defesa contra o aproximar da NATO das fronteiras russas.

Confira aqui os outros acontecimentos relevantes deste, o 407.º dia de guerra na Ucrânia:

O que se passou durante a tarde e a noite:

  • Circulam nas redes sociais vários documentos confidenciais, que aparentam detalhar os planos dos Estados Unidos e da NATO para fortalecer as forças de Kiev em antecipação desta operação. A informação foi avançada pelo New York Times, que cita fontes ligadas à Casa Branca;
  • Mykhailo Podolyak, um dos conselheiros de Volodymyr Zelensky, negou as notícias que davam conta de que a Ucrânia pode estar a preparar-se para regressar às negociações com a Rússia. “A base para uma negociação real com a Federação Russa é a retirada total dos grupos armados russos do território ucraniano reconhecido internacionalmente em 1991, incluindo a Crimeia”, pode ler-se numa publicação no Twitter;
  • O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, confirmou hoje, em Atenas, que o Exército ucraniano está a preparar-se para uma contraofensiva contra as forças russas. em Kherson provocou quatro feridos;
  • À margem da reunião com o Presidente da Bielorrússia, o líder russo disse que os dois países pretendem continuar a desenvolver uma relação de cooperação militar face às “tensões crescentes” no plano internacional. O porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, confirmou que a instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia não foi discutida entre os dois líderes;
  • Alexander Volfovich, secretário do Conselho de Segurança bielorrusso, disse não acreditar que a Rússia utilize as armas nucleares estacionadas no país. “Não acho que as coisas cheguem tão longe que elas tenham de ser usadas”;
  • O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, reconheceu hoje que os seus combatentes continuam a sofrer perdas nos combates na Ucrânia, em declarações que fez durante uma visita a um cemitério que “continua a crescer”;
  • De regresso aos discursos diários depois de visitar a Polónia, Volodymyr revelou ter passado o dia em reuniões para “preparar eventos futuro”. Uma delas foi com o primeiro-ministro e outra com as agências de segurança. “Defender e proteger o nosso povo, manter a nossa resiliência, principalmente a dos guerreiros, é a prioridade número um de todos as negociações e encontros”, disse;
  • Sete civis – quatro em Donetsk e três em Lugansk, morreram hoje após dois bombardeamentos pelas forças ucranianas. Do outro lado, um ataque russo com recurso a drone;
  • A Ucrânia lançou uma aplicação para telemóvel para tentar localizar as cerca de 19 mil crianças que Kiev estima terem sido deportadas ilegalmente para a Rússia, diz a Sky News;
  • O líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, fará uma visita à China de 13 a 15 de abril, confirmou citado pelo The Guardian um porta-voz de Bruxelas.

O que se passou durante a manhã:

  • Um batalhão de militares bielorrussos está nas proximidades da fronteira com a Polónia e com a Ucrânia, na região de Brest, a realizar exercícios com mísseis antiaéreos, confirmou o Ministério da Defesa da Bielorrússia num comunicado citado pela RIA Novosti;
  • O governador da região de Bryansk, Alexander Bogomaz, diz que as forças russas evitaram uma tentativa de invasão do território por parte de militares ucranianos;
  • Volodymyr Zekensky disse, a partir de Varsóvia, que a Polónia vai ajudar a criar uma coligação entre as maiores potências do Ocidente para que forneçam aviões de guerra a Kiev;
  • A Hungria admitiu hoje que as relações com a Suécia estão num ponto baixo e exigiu do país nórdico novas “medidas de confiança” para conquistar o apoio de Budapeste à adesão à NATO;
  • O procurador sueco que está a investigar as suspeitas de sabotagem no Nord Stream, o gasoduto onde se registaram explosões e libertações de gás em setembro do ano passado, diz que ainda não chegou a conclusões sobre quem esteve por detrás desses incidentes.