O juiz de instrução Carlos Alexandre foi esta terça-feira graduado na categoria de juiz desembargador, em plenário do Conselho Superior da Magistratura e vai, assim, deixar ainda este verão, o Tribunal Central de Instrução Criminal, onde esteve quase vinte anos.

De acordo com o documento divulgado no site do Conselho Superior de Magistratura com o resultado do concurso, o juiz ficou em terceiro lugar na escala de concorrentes, o que o deixa numa posição favorável para escolher o tribunal da Relação que quiser. Ao que o Observador apurou, está a ponderar Lisboa (a primeira opção) ou Évora. 

Carlos Alexandre candidata-se a juiz desembargador

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A candidatura à graduação em juiz desembargador aconteceu a 30 meses da jubilação e o lugar obtido não causa surpresa. Nas suas últimas avaliações, Alexandre conseguiu regularmente a classificação de “Muito Bom” o que, aliado ao seu curriculum, e à sua antiguidade, o colocou entre os três primeiros da lista.

Ao longo de quase duas décadas no “Ticão”, Carlos Alexandre foi o responsável pela instrução de casos como o Monte Branco, operação Furacão, Portucale, Face Oculta, BPN, BES, Remédio Santo, Labirinto, Vistos Gold ou, acima de todos, a operação Marquês em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates é arguido.

Carlos Alexandre candidata-se a juiz desembargador

Um outro juiz também muito mediático, e polémico, Ivo Rosa, que já integrou os quadros do “Ticão, ficou em 18º lugar. Ou seja, com a saída de Carlos Alexandre, o Ticão fica sem os dois juízes que mais debate suscitaram nos últimos anos na Justiça portuguesa.

Explicador. Houve mesmo uma “remoção ilegal” de Ivo Rosa do caso Universo Espírito Santo?