O CEO da Lancia, Luca Napolitano, anunciou esta terça-feira que Portugal está no mapa do regresso da marca italiana ao activo fora de portas. Será já no primeiro semestre do próximo ano que a Lancia voltará a estar presente no mercado português, de onde se retirou em 2017, ano a partir do qual o fabricante passou a ficar espartilhado pelas fronteiras de Itália.

Mas a fusão das antigas PSA e FCA em 2021, que deu origem à Stellantis, o 4.º maior grupo automóvel a nível mundial, mudou radicalmente a sina do construtor transalpino. Carlos Tavares, o português que está à frente da Stellantis, optou por fazer renascer a Lancia e colocá-la em pé de igualdade com a DS Automobiles e a Alfa Romeo, com este trio a representar a oferta premium no universo das 14 marcas que compõem o conglomerado franco-italo-americano.

Depois de termos anunciado o plano estratégico a 10 anos e a entrada da marca na Europa, nomeadamente em Espanha, França, Alemanha, Holanda e Bélgica, temos agora o prazer de anunciar que vamos entrar em Portugal”, anunciou Luca Napolitano. “Vamos nomear 70 novos concessionários em 70 cidades principais na Europa para coincidir com a chegada do novo Ypsilon no primeiro semestre de 2024”, acrescentou.

Há muito tempo a sobreviver apenas à conta deste modelo (e o exercício até chegou a ser surpreendente), a Lancia prepara-se para ganhar um novo fôlego, convertendo-se num fabricante exclusivamente de veículos eléctricos a partir de 2028. Essa transformação começará a materializar-se já no próximo ano, com a introdução de uma nova geração do Ypsilon, o utilitário que a marca produz desde 1995. O novo Ypsilon vai ter direito a versões híbridas e a uma puramente eléctrica, dando o pontapé de saída para o “renascimento” da Lancia.

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O regresso da marca a Portugal far-se-á precisamente em simultâneo com o lançamento da nova geração do utilitário italiano, estando desde já assegurado que as duas principais cidades do país, Lisboa e Porto, vão ter concessionários complementados com “uma significativa capilaridade de pós-venda”, avança Luca Napolitano. Portugal passa, assim, a fazer parte de um grupo restrito de países que a Lancia estabeleceu como prioritários para a sua expansão. E isso leva o brand manager da marca em Portugal, David Correia, a regozijar-se com a escolha: “É um privilégio para nós estarmos incluídos na primeira lista de países que farão parte do renascimento da Lancia. Há muito que Portugal se apaixonou pela Lancia, não só pela liderança indiscutível na competição de ralis e pelo seu carácter desportivo, mas também pela capacidade histórica de fazer as pessoas sonhar.”

Os mercados prioritários foram definidos com base em dois critérios: o apreço pelo “Made in Italy” e o potencial das vendas online. Segundo a Lancia, o nosso país preenche claramente o primeiro requisito, juntamente com Bélgica, Espanha e França. Já a Alemanha e a Holanda são incluídas no roteiro do “renascimento” da Lancia pela abertura ao e-commerce.