O incêndio que deflagrou na noite de quinta-feira numa unidade da Lugrade-Bacalhau de Coimbra entrou em fase de rescaldo, disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores.
“O incêndio está em fase de rescaldo e estamos ainda a proceder à eliminação de alguns pontos quentes”, afirmou à Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, Paulo Palrilha, numa declaração curta.
Segundo a página da Proteção Civil, às 14h30, ainda estavam no local 182 operacionais apoiados por 56 viaturas.
Incêndio em fábrica de Coimbra está ativo e a ser combatido por 150 bombeiros
O incêndio deflagrou por volta das 21h00 de quinta-feira, na unidade da Lugrade situada em Torre de Vilela.
“Previsivelmente, estamos perante uma perda absoluta desta unidade da Lugrade, que foi inaugurada em 2017. Agradecemos as palavras amigas e a onda de solidariedade gerada. O mais importante é não haver vítimas a registar. A unidade da Lugrade de Taveiro continua em plena laboração e em breve irá ser inaugurada a nova unidade da Lugrade, localizada em Casais do Campo, Coimbra”, afirmou a empresa, através de uma nota assinada pelos administradores Joselito Lucas e Vítor Lucas.
De acordo com o vereador com a pasta da proteção civil da Câmara de Coimbra, Carlos Lopes, “ainda há muito trabalho [de rescaldo] para fazer” no local, salientando que “ainda há muito combustível dentro da unidade”.
“Vai ser um processo demorado e estamos a ter máxima prevenção relativamente aos depósitos de amoníaco [da unidade]”, disse à Lusa o autarca.
Carlos Lopes vincou que o incêndio chegou a ser dado como controlado, mas nunca extinto, realçando que, a partir das 4h00, “começou a sair mais fumo, houve acumulação de energia e calor e às 7h00 houve uma explosão numa das zonas mais centrais da fábrica e o incêndio propagou-se”.
O incêndio terá começado “nas câmaras frigoríficas”, explicou, sublinhando que foi “difícil” ter acesso a essas divisões, com os meios a nunca conseguirem combater de forma direta as chamas.
Numa nota divulgada já de madrugada, a Lugrade-Bacalhau de Coimbra revelava então que o incêndio provocou “avultados danos materiais” na unidade norte da empresa e garantia que o incidente não comprometerá qualquer posto de trabalho.
Nesse primeiro comunicado, a Lugrade-Bacalhau de Coimbra assegurava que “não ficará comprometido qualquer posto de trabalho resultante desta ocorrência”.
Em dezembro de 2022, à agência Lusa, a Lugrade-Bacalhau de Coimbra estimou fechar 2022 com uma faturação na ordem dos 40 milhões de euros, o que representa um aumento de quase seis milhões relativamente a 2021, apesar das quebras registadas no consumo.