O incêndio que começou na quinta-feira à noite numa unidade da Lugrade, em Coimbra, estava novamente ativo às 9h45 desta sexta-feira e a ser combatido por 150 bombeiros, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

De acordo com o vereador responsável pela Proteção Civil, “os operacionais estão a efetuar proteção ao amoníaco que se encontra armazenado na unidade fabril e ao mesmo tempo a efetuar combate direto às chamas”.

Carlos Lopes disse também “os meios foram reforçados porque a fábrica é grande e todos os meios do distrito de Coimbra foram ativados”.

Estão, no local, 145 operacionais e 44 viaturas, explicou.

Está longe de estar em resolução. É um processo complexo e demorado. O fogo terá começado em arcas frigoríficas, onde estavam armazenadas 300 toneladas de bacalhau”, explicou.

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Às 11h45, a administração da Lugrade divulgou um comunicado, através do qual revelava que o incêndio naquela unidade de Torre de Vilela ainda se mantinha ativo.

“Previsivelmente, estamos perante uma perda absoluta desta unidade da Lugrade, que foi inaugurada em 2017. Agradecemos as palavras amigas e a onda de solidariedade gerada. O mais importante é não haver vítimas a registar. A unidade da Lugrade de Taveiro continua em plena laboração e em breve irá ser inaugurada a nova unidade da Lugrade, localizada em Casais do Campo, Coimbra”, sintetizava a empresa, através de uma nota assinada pelos administradores Joselito Lucas e Vítor Lucas.

O incêndio deflagrou às 21h00 de quinta-feira e foi considerado em resolução cerca de uma hora depois.

Numa nota divulgada já de madrugada, a Lugrade—Bacalhau de Coimbra revelou que o incêndio provocou “avultados danos materiais” na unidade norte da empresa e garantiu que o incidente não comprometerá qualquer posto de trabalho.

Em comunicado, a Lugrade—Bacalhau de Coimbra assegurou que “não ficará comprometido qualquer posto de trabalho resultante desta ocorrência” e que, pese embora os avultados danos materiais que apenas nos próximos dias serão apurados detalhadamente, “o mais importante é que não houve qualquer vítima a registar“.

Através do comunicado assinado pelos administradores Joselito Lucas e Vítor Lucas, a empresa recordou que o alerta para o incêndio foi dado às 21h00 e que o fogo foi controlado pelas 22h00.

“A Lugrade agradece a rápida e eficaz intervenção de todos os bombeiros no combate às chamas – Bombeiros Sapadores e Bombeiros Voluntários de Coimbra, Bombeiros Voluntários de Brasfemes, Bombeiros Voluntários da Mealhada, Bombeiros Voluntários da Pampilhosa e Bombeiros Voluntários de Penacova. Queremos também agradecer a todas as entidades e pessoas que de uma ou de outra forma ajudaram a enfrentar esta dramática situação”, lê-se na mesma nota.

Em dezembro de 2022, à agência Lusa, a Lugrade-Bacalhau de Coimbra estimou fechar 2022 com uma faturação na ordem dos 40 milhões de euros, o que representa um aumento de quase seis milhões relativamente a 2021, apesar das quebras registadas no consumo.

Com mais de 150 trabalhadores, a Lugrade apresenta 768 referências de produtos à base de bacalhau, proveniente de todas as origens do Atlântico (Islândia, Noruega, Gronelândia e Ilhas Faroé).

A empresa de Coimbra exporta para 22 países do mundo, desde a Alemanha ao Canadá, passando pelo Brasil, embora Portugal seja o principal mercado.