José Gomes disse esta sexta-feira que “exige que o Marítimo seja respeitado” e que “não é por ser de Lisboa que os clubes devem ter uma proteção diferente”, antes de defrontar o Vitória de Guimarães, na I Liga de futebol.
“Estamos numa luta contra clubes com uma dimensão muitíssimo menor, mas que representam outras regiões e, portanto, não é por sermos de Lisboa que vamos ter uma proteção diferente do que aqueles que estão na Madeira, porque os que estão na Madeira dão um contributo muito mais forte, uma imagem muito mais forte ao nosso futebol do que os clubes que estão mais perto da capital”, sublinhou o técnico dos verde rubros, na antevisão ao embate diante do Vitória de Guimarães, da 30.ª jornada.
Para o treinador maritimista, “basta olhar para os jogos em casa e ver o estádio cheio”, para ver o impacto que o clube insular traz à I Liga portuguesa.
“Isto no peso da imagem do nosso campeonato não tem importância? Não merece ser respeitado? Exijo que seja respeitado, uma exigência dentro das minhas limitações de treinador do clube”, frisou José Gomes, fazendo referência à forte assistência nos jogos caseiros, com mais de nove mil espetadores na presente temporada, valores acima da média da grande maioria dos clubes do principal escalão.
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O técnico natural de Matosinhos sublinhou a necessidade de “exigir das pessoas que mandam respeito” por aquilo que está a ser feito em prol da representação de uma região.
“Acho que tem um peso muito importante no nosso campeonato e que até devia, provavelmente, ser visto, até pelos senhores de Lisboa, com outros olhos e outra atenção e cuidado e serem mais críticos quando prejudicam em determinadas coisas o Marítimo”, destacou, enfatizando que a Madeira “é de Portugal e que o Marítimo não caiu de paraquedas no futebol português”.
Questionado sobre se as declarações seriam uma crítica implícita ao trabalho do árbitro no último jogo, em que o Marítimo saiu derrotado em Famalicão por 3-2, após os verde rubros terem seguido para intervalo a vencer por 2-0, o timoneiro, de 52 anos, explicou que se tratava de “uma afirmação que se for a aprofundar será castigado”.
José Gomes garantiu que as declarações do treinador do Vitória de Guimarães, que após a derrota frente ao Sporting (2-0) afirmou que não gostou, nem vai permitir “alguns comportamentos de meninos mimados”, não resulta num aviso para os madeirenses, pois têm de “estar preparados para defrontar o melhor Vitória de Guimarães, independentemente, do que foi dito”.
“Ficámos a pensar, como se referiu à segunda parte do jogo, quem teriam sido esses meninos mimados e quem iria ser vítima da sua decisão na perspectiva de qual será o ‘onze’ inicial. Mais nada do que isso, o recado foi para os jogadores deles”, apontou o treinador maritimista.
O Marítimo, que ocupa o 16.º posto, lugar que dá acesso ao play-off de manutenção, com 22 pontos, recebe no sábado, pelas 15h30, o Vitória de Guimarães, sétimo classificado, com 41, em partida da 30.ª ronda da I Liga de futebol, que será arbitrado por António Nobre, da Associação de Leiria.