O investigador José António Batista, doutorado em bioquímica analítica, espera que esteja no mercado, em 2025, um comprimido, com base no chá dos Açores, que afirma reduzir a infecciosidade do vírus da Covid-19.

José António Batista, da Fundação Gaspar Frutuoso, especificou que, em relação à vacina para a covid-19, o chá pode ser um “complemento, uma outra maneira de atacar o vírus”, convicto que vêm aí outros após a pandemia que este gerou à escala global.

A Fundação Gaspar Frutuoso assinou hoje um protocolo, na Universidade dos Açores, com a secretaria regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, no âmbito do qual serão disponibilizados cerca de 40 mil euros pelo executivo açoriano para fazer face aos encargos com o processo de investigação.

O investigador refere que a enzima do chá a utilizar “ajuda que a doença não se desenvolva, não sai daquela célula” que foi infetada, uma vez que “o problema é o vírus começar a expandir-se”, travando-se a enzima responsável pela sua reprodução.

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De acordo com o investigador, qualquer pessoa pode ingerir o chá sob a sua forma tradicional de líquido ou através de comprimido, sendo que o produto “vai engrandecer a economia das fábricas e da própria região”.

O especialista tem vindo a dedicar-se a vários estudos sobre o chá verde e preto dos Açores. A par da Itália, o arquipélago é a única região da Europa com produção de chá.

José António Batista identificou, por exemplo, na sequência de uma investigação, que o chá verde dos Açores possui uma substância que fomenta as funções cognitivas, pode combater demências como Parkinson ou Alzheimer e aumenta a criatividade.

“Depois de fazer uma recolha [de chás de todo o mundo] cheguei à conclusão que o chá dos Açores consegue ser superior aos outros em teor de polifenóis”, declarou à agência Lusa o investigador José Batista, que já esteve ligado a várias universidades portuguesas e do Canadá.