A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) lamentou a decisão das autoridades turcas de rejeitar a acreditação de dois parlamentares europeus que iam integrar a missão de observação daquela organização nas eleições na Turquia.

Os representantes em questão são o parlamentar dinamarquês Soren Sondergaard e o parlamentar sueco Kadir Kasirga que foram nomeados membros da missão de observação eleitoral da assembleia parlamentar da OSCE para as eleições presidenciais e legislativas na Turquia, agendadas para o próximo domingo, dia 14 de maio.

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“Estamos desapontados por esta medida tomada pelas autoridades turcas, que pode impactar negativamente o trabalho da missão internacional de observação”, afirmaram o coordenador especial da missão de observação da OSCE, Michael Georg Link, e o chefe da delegação da assembleia parlamentar, Farah Karimi, citados num comunicado.

“O país que convidou a assembleia parlamentar da OSCE para observar não deve – direta ou indiretamente – influenciar a composição da missão“, acrescentaram.

E concluíram: “Esperamos que as autoridades turcas prestem um apoio adequado aos observadores da Assembleia Parlamentar da OSCE”. Cerca de 350 especialistas da OSCE irão observar as eleições turcas, além de uma missão do Conselho da Europa, que enviará 42 elementos.

As eleições presidenciais e legislativas na Turquia realizam-se a 14 de maio e serão decisivas para a manutenção, ou não, do Presidente Recep Tayip Erdogan e do seu partido AKP, no poder há duas décadas.

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A oposição apresenta uma frente unida de seis partidos que tem um único candidato à Presidência, Kemal Kiliçdaroglu, apoiado pelo partido esquerdista e pró-curdo HDP. Perto de 61 milhões de eleitores vão decidir o futuro do país, incluindo mais de três milhões de turcos que vivem fora do seu país, incluindo em Portugal, que votam antecipadamente.

A OSCE é um fórum político e de segurança que visa a promoção da democracia, dos direitos humanos, e da liberdade de imprensa na Europa.

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