Chegou ao fim a procura pelo novo CEO do Twitter. O dono da plataforma, Elon Musk, anunciou esta quinta-feira que a pessoa escolhida para o cargo já foi encontrada – mas que não vai revelar quem é. O anúncio será feito dentro de seis semanas; agora, o dono do Twitter limitou-se a desvendar que o novo CEO será uma mulher.
“O meu papel vai transitar para um de chairman executivo e diretor técnico, responsável por produtos, software e operativos do sistema”, detalhou o magnata numa publicação na rede social.
Excited to announce that I’ve hired a new CEO for X/Twitter. She will be starting in ~6 weeks!
My role will transition to being exec chair & CTO, overseeing product, software & sysops.
— Elon Musk (@elonmusk) May 11, 2023
Musk, que comprou o Twitter no outono passado e tem ocupado o cargo como CEO desde então, anunciou desde cedo que a sua permanência no cargo seria temporária. Em novembro, poucas semanas depois de comprar a rede social por um valor de 44 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros), disse mesmo numa declaração a um tribunal do Delaware que não pretendia ser CEO de nenhuma das suas empresas. “A minha expectativa é a de reduzir o tempo que passo no Twitter e encontrar alguém para gerir o Twitter a longo prazo”, afirmou na altura.
Um mês depois, reiterou a vontade de abandonar o cargo assim que encontrasse “alguém tolo o suficiente” para assumir a responsabilidade, depois de uma sondagem – criada pelo próprio – ter terminado com milhões de utilizadores da rede social a pedirem-lhe que deixasse de ser CEO.
A gestão de Musk da rede social tem sido atribulada e marcada por várias polémicas, desde o levantamento das proibições às contas de figuras públicas altamente inflamatórias, como o ex-Presidente e atual candidato Donald Trump ou o influencer, auto-proclamado misógino e suspeito de tráfico de seres humanos Andrew Tate, ou a polémica introdução do novo sistema pago de verificação de contas Twitter Blue, que levou a que várias celebridades deixassem de ter a sua conta verificada por se recusarem a pagar uma mensalidade para o efeito.
Estas e outras polémicas levaram inclusive a que várias empresas publicitárias abandonassem o Twitter devido a preocupações com a proliferação dos discursos de ódio na rede social. Estimativas recentes indicam que o Twitter vale agora menos de metade do que aquilo que Musk pagou em outubro.