Após um encontro da Direção Nacional, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou a marcação de duas novas greves nacionais para 28 e 30 de junho perante “a ausência de resposta do Ministério da Saúde” a um pedido de reunião. A declaração foi feita esta quinta-feira por José Carlos Martins, presidente do SEP, através de um vídeo partilhado no Facebook.

A lutarem, entre outras coisas, por melhores condições de trabalho, os enfermeiros vão voltar concentrar-se (como fizeram na última greve nacional, que se realizou a 12 de maio) em frente ao Ministério da Saúde no dia 30 de junho, por volta das 11h. No caderno reivindicativo do sindicato está a “contagem dos pontos” para efeitos de progressão na carreira; o “pagamento dos retroativos desde 2018”; “a reposição da paridade salarial entre a carreira de Enfermagem e a carreira de Técnico Superior e outras da área da Saúde”; “a aposentação mais cedo” ou ainda a “questão das férias dos CITs em igual número ao da Função Pública”.

Enfermeiros assinalam Dia Internacional com greve para exigir mais direitos

Considerando que “num quadro de Governo com maioria absoluta” a “guerra vai ser longa e terá várias batalhas contínuas, persistentes e de forma organizada” na procura de soluções, José Carlos Martins relembra que “a carreira de Enfermagem não se restringe à grelha salarial”, mas que existem “mais constrangimentos que dificultam e impedem o desenvolvimento profissional nos próximos tempos”.

Ao longo dos quase quatro minutos de vídeo, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses revelou que se encontra a “preparar um ciclo de debates sobre temáticas do interesse de todos os enfermeiros”, que será anunciado em breve. “O SEP vai lançar um ciclo de debate, enquadrado de uma proposta de alteração mais profunda à carreira, a decorrer ao longo deste ano, e para o qual apelamos à vossa participação”.

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