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Como é habitual, o Presidente ucraniano falou ao país no final da noite desta terça-feira. Num dia marcado pelas acusações russas de que a Ucrânia teria atacado a Rússia com drones, Zelensky optou por não mencionar o incidente (horas antes já tinha negado qualquer envolvimento de Kiev), e concentrou a sua declaração nos bombardeamentos contra Kiev e no já habitual apelo à união entre a Ucrânia e os aliados ocidentais.

Sobre o ataque à capital ucraniana, o chefe de Estado referiu que “infelizmente, houveram destroços que causaram baixas”, e ofereceu as suas condolências a todos os afetados, deixando ainda um apelo à população: “É muito importante levar a sério as sirenes de alerta para ataques aéreos, e não as encarar com descuido”.

O caminho da Ucrânia, frisou, continua a ser traçado lado a lado com os parceiros do Ocidente, que ajudam o país numa guerra que vai para lá do seu próprio território. “Agora, na Ucrânia, na nossa terra e nos nossos ares, está a ser decidido se a liberdade e a civilização vão manter a supremacia global este século”, salientou.

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Para travar essa luta, Zelensky chamou a responsabilidade à Ucrânia, mas não só:  “Vai ser decidido por nós, em conjunto com os EUA, em conjunto com a Europa, e em conjunto com os nossos aliados e parceiros”.

O Presidente ucraniano salientou algumas das principais ajudas que tem recebido nos últimos tempos. Em primeiro lugar, fez questão de agradecer ao chanceler alemão, Olaf Scholz, pela ajuda e determinação – “de certo modo, torna-se a determinação de toda a Europa”, declarou.

Durante a tarde, Zelensky já tinha, de resto, agradecido ao chefe de governo alemão pelos acordos firmados aquando da sua visita a Berlim, e, em especial, pelo pacote de ajuda militar com que a Alemanha se comprometeu (ao todo serão cerca de 3 mil milhões de euros).

O Presidente ucraniano fez questão de destacar ainda um importante desenvolvimento ao nível do aumento das capacidades de Defesa da Ucrânia: o princípio de um acordo entre Kiev e a empresa de Defesa britânica BAE Systems para a produção de armas em território ucraniano. “São as armas de que precisaremos no futuro para garantir a segurança do nosso país e de toda a região”, concluiu.

Zelensky: resultado do conflito “vai ser decidido por nós, em conjunto com os EUA e com a Europa”