A greve dos trabalhadores das Santas Casas da Misericórdia e da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) regista 40% a 50% de adesão, adiantou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) esta sexta-feira.
“A adesão à greve está a rondar os 40% a 50%, sendo que há sítios onde se faz sentir mais. Temos tido bons dados de adesão, com valências nas quais se sente mais, como as creches. Os serviços mínimos decretados acabam por salvaguardar os lares”, afirmou à Lusa a presidente da direção nacional do CESP, Filipa Costa, explicando que parte destes serviços mínimos são “assegurados pelas próprias chefias” das instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
A ação de paralisação dos trabalhadores das misericórdias convocada pelo CESP tem na sua origem a não aplicação na íntegra e a nível nacional de uma portaria de extensão do contrato coletivo de trabalho para os funcionários das IPSS, na qual estão previstas melhores condições profissionais, como o pagamento de diuturnidades, mais dias de férias, 37 horas semanais de trabalho e pagamento a 100 por cento do trabalho em dias de feriado.
Costa assegura às misericórdias normalização e cofinanciamento mais equitativo
Além da greve nacional, durante a manhã desta sexta-feira foram realizadas ações de rua em Ponte de Lima, Estarreja, Seia, Peniche e Lisboa, com o protesto na capital a concentrar perto de duas dezenas de trabalhadores diante da sede da UMP, exigindo melhores condições de salário e de trabalho.
Após a manifestação, os dirigentes sindicais do CESP foram recebidos por representantes da União das Misericórdias, que, em nome do secretariado nacional, pediram a realização de uma reunião para a próxima quinta-feira, em hora ainda a definir. “A perspectiva é estarmos presentes nessa reunião”, sintetizou Filipa Costa.