Pelo menos nove mortos e dez feridos é o resultado do ataque praticado por um grupo armado de fundamentalistas islâmicos contra o hotel Pearl Beach, em Mogadíscio, anunciou este sábado a Polícia Nacional da Somália.

As autoridades policiais precisaram que seis das vítimas mortais são civis e três são militares, acrescentando que 84 pessoas foram resgatadas.

O primeiro balanço oficial do incidente, publicado pela Polícia Nacional da Somália e divulgado pela emissora internacional norte-americana Voice of America, indica que sete milicianos do Al Shabaab participaram no assalto que começou às 19h55 locais de sexta-feira e terminou às 2h de sábado.

Segundo a televisão pública somali SNTV, “as forças de segurança puseram fim às milícias que realizaram um ataque terrorista mortal contra o hotel Pearl Beach”, na praia de Lido, no sul de Mogadíscio, tendo “muitos civis” sido resgatados.

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O Al-Shebab, ligado ao grupo fundamentalista islâmico Al-Qaida, que procura derrubar o governo central da Somália desde há 15 anos, sublinhou que o ataque teve como alvo um local frequentado por dirigentes governamentais.

Já em agosto de 2020, o Al-Shebab tinha atacado um outro hotel na mesma praia, causando a morte a 10 civis e um agente da polícia. Na altura foram necessárias quatro horas para as forças de segurança recuperarem o controlo do estabelecimento.

Também na sexta-feira, pelo menos 22 pessoas foram mortas pela deflagração de munições não explodidas, que estavam num local a cerca de 120 quilómetros a sul de Mogadíscio, informou um subcomissário policial, Abdi Ahmed Ali.

“Houve uma catástrofe perto de Qoryooley, crianças inocentes foram mortas por uma explosão de obuses de morteiro”, acrescentou, em conferência de imprensa.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.

Nos últimos meses, a Somália intensificou as ofensivas contra o Al-Shebab, com o apoio de clãs e milícias locais, no âmbito de uma série de decisões tomadas pelo Presidente Hassan Shaykh Mohamud, que se comprometeu, na sua tomada de posse, a colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país.