Elon Musk toma microdoses de cetamina para controlar a depressão, avança o Wall Street Journal citando fontes próximas do dono da Tesla.

Numa reportagem onde se conclui que o uso de drogas de forma regular “passou de uma atividade pós-laboral diretamente para a cultura corporativa”, em Silicon Valley, o jornal norte-americano refere que os executivos e funcionários de empresas tecnológicas veem nas substâncias psicadélicas e equivalentes — nomeadamente na cetamina, LSD e cogumelos mágicos — “portas de entrada para avanços nos negócios”.

Karl Goldfield, um dos ex-consultores de vendas e marketing citados na reportagem, explica que existem “milhões de pessoas a tomar microdoses de substâncias psicadélicas” e reconhece que aconselha informalmente amigos e colegas, nomeadamente sobre as doses certas para que se obtenha plena atenção, por considerar que é um “caminho rápido para abrir a mente”.

Elon Musk foi, segundo o jornal, visto a consumir cetamina em microdoses para a depressão e doses completas em festas, mas não respondeu quando contactado para o confirmar. Ainda assim, o CEO do Twitter reagiu ao tema na rede social dizendo há um excesso de diagnóstico de depressão nos EUA e frisando que “para algumas pessoas é um problema químico no cérebro”.

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Na opinião do milionário, as pessoas são demasiado medicadas com antidepressivos, o que o leva a concluir: “Pelo que vi com amigos, a cetamina tomada ocasionalmente é a melhor opção.”

De acordo com a mesma notícia, há muito que em Silicon Valley se tolera o uso de drogas e que estas passaram a fazer parte da rotina dos negócios, tanto que há muitas empresas que nem sequer testam os funcionários regularmente. Ainda assim o fenómeno é preocupante para os responsáveis de algumas empresas que temem ser responsabilizados por atividades ilegais.

Além do uso regular em busca de “clareza mental” ou solucionar “problemas de saúde”, os funcionários e líderes destas empresas tecnológicas começaram também a consumir drogas com mais frequência em festas de Silicon Valey, onde estas substâncias “assumiram um papel semelhante ao álcool”. Os convites para as festas privadas são — não estivessem no maior centro tecnológico do mundo — enviados pela aplicação Signal, onde as mensagens são encriptadas. Em algumas destas festas os participantes têm até de assinar acordos de confidencialidade.