O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez uma visita à Turquia e, no regresso a casa, levou consigo para a Ucrânia cinco ex-comandantes que resistiram na defesa de Mariupol até terem sido capturados pelas forças russas na fábrica de Azovstal. De acordo com a Reuters, Moscovo já protestou contra este regresso a casa dos antigos prisioneiros, já que o acordo de troca de prisioneiros determinava que estes comandantes deviam ficar na Turquia.

Os homens, com quem Zelensky se fez fotografar no voo de regresso, resistiram durante três meses no complexo indutrial de Azvostal — entre bunkers e túneis — até Kiev lhes ter dado ordem para se renderem (em maio de 2022) às tropas russas. Alguns desses chefes militares — vistos como heróis na Ucrânia — foram libertados em setembro numa troca de prisioneiros intermediada pelo Governo de Erdoğan. O acordo determinava que esses comandantes permanecessem na Turquia até ao fim da guerra e foi essa norma que Kiev decidiu violar.

No seu canal do Telegram, Zelensky escreveu que estava a “voltar da Turquia” com os “nossos heróis”. Os militares em causa foram nomeados pelo presidente ucraniano: “Denys Prokopenko, Svyatoslav Palamar, Serhiy Volynsky, Oleh Khomenko e Denys Shleha”. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu., em declarações à agência de notícias russa RIA, que “ninguém” informou Moscovo desta ação e que o acordado era “permanecerem em solo turco até ao fim do conflito”. Kiev não deu qualquer justificação sobre o porquê de antecipar este regresso a casa dos militares.

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