Pedro Gouveia Alves saiu da liderança da Montepio Crédito, unidade do Grupo Montepio, e deixou os quadros da instituição através de uma rescisão por mútuo acordo, confirmaram fontes ao Observador. A saída do gestor segue-se a uma auditoria interna que terá revelado gastos de dinheiro do orçamento da Montepio Crédito em ações de campanha de Pedro Alves nas últimas eleições para a mutualista, mas a opção terá sido a de resolver o caso por acordo.
Ao Observador, o Banco Montepio não fez comentários. Já Pedro Alves ainda não devolveu um contacto por mensagem eletrónica – esta notícia será atualizada assim que essa resposta chegar.
Pedro Alves chegou a estar escolhido para presidente do Banco Montepio em 2019, mas acabou por desistir dessa nomeação depois de uma notícia do Observador que revelou que tinha estado sob investigação do Banco de Portugal.
Mais tarde, em 2021, Pedro Alves liderou uma das quatro listas à presidência da associação mutualista – a lista que recolhia o apoio do antigo líder António Tomás Correia – e acabou por perder essas eleições para a lista incumbente liderada por Virgílio Lima (atual presidente da maior mutualista do país).
Tomás Correia faz campanha pela “Lista D” nas eleições ao Montepio
Terá sido para impulsionar essa campanha que Pedro Alves terá recorrido a fundos da Montepio Crédito, de acordo com o que foi detetado pela auditoria interna feita no grupo.
